Em 2014, a Pro Futebol Assessoria Administrativa levou o atacante para o clube, sendo responsável por cláusula contratual das quatro parcelas mensais.
Em um momento crítico em campo, com resultados negativos e a equipe atualmente na zona de rebaixamento do Campeonato Brasileiro, o Corinthians enfrenta mais uma questão fora das quatro linhas. A Pro Futebol Assessoria Administrativa, do empresário Beto Rappa, envolvido na transferência de Ángel Romero para o Timão em 2014, solicitou um novo bloqueio das contas do clube devido a uma dívida pendente relacionada aos valores não quitados da cláusula contratual na aquisição do atacante. No final de 2023, durante a gestão de Duilio Monteiro Alves, a empresa já havia requerido uma medida semelhante, no montante de R$ 13 milhões.
Além disso, a situação financeira do Corinthians se complica ainda mais com a pressão do débito pendente com a Pro Futebol Assessoria Administrativa. A necessidade de resolver essa questão rapidamente se torna crucial para o clube, que busca estabilidade tanto dentro quanto fora de campo. A administração atual terá que encontrar soluções eficazes para lidar com essa dívida e evitar consequências mais severas para o futuro do time.
Dívida: um fardo que pesa sobre o Corinthians
Em uma determinada situação, as partes envolvidas chegaram a um acordo para o pagamento de uma dívida. Nesse ajuste, o Alvinegro ficou responsável por desembolsar R$ 1 milhão que já havia sido penhorado. Além disso, ficou estabelecido o pagamento de 22 parcelas mensais de R$ 514,3 mil, totalizando R$ 11,3 milhões, e mais 22 parcelas mensais de R$ 36,9 mil, totalizando R$ 812 mil. Tudo estava sendo cumprido conforme o combinado, até que o clube, já sob a gestão de Augusto Melo, acabou atrasando as parcelas referentes aos meses de abril, maio e junho.
Por conta desse atraso, a empresa agora busca a penhora de R$ 11,55 milhões, valor esse atualizado da dívida. Para que o pagamento seja efetuado, a Pro Futebol Assessoria cobra uma penhora ‘online’, que vasculha contas em nome do clube, bem como a penhora de valores que o clube possa ter a receber da Globo (direitos de transmissão), CBF (premiações do Brasileirão), FPF (premiações do Paulista) e também da Liga Forte União (direitos e empréstimo pela assinatura de contrato).
O processo foi iniciado pela Pro Futebol no dia 8 de novembro, alegando que o Corinthians ainda mantém uma dívida que remonta a 2014, ano em que foi concretizada a venda de Romero. Naquela ocasião, o clube desembolsou R$ 6,6 milhões pela contratação do jogador, além de se comprometer com a opção de recompra de 30% dos direitos econômicos totais do paraguaio, avaliados em US$ 3 milhões, em julho de 2016.
O contrato estipulava que, caso o Timão não exercesse a opção de recompra dentro do prazo, teria que adquirir todos os direitos econômicos do jogador pertencentes à empresa, pelo menos pelo valor investido naquela época. O primeiro prazo para quitar a dívida era em agosto de 2017, mas foi prorrogado duas vezes pelas partes envolvidas. Mesmo assim, o Corinthians permaneceu inadimplente, e em 2019 foi firmado um novo acordo, quando a dívida já alcançava R$ 11,2 milhões.
No entanto, o clube mais uma vez não honrou o compromisso e, em 2021, foi necessária uma nova renegociação, elevando o montante para mais de R$ 13 milhões. Em sua primeira passagem pelo time do Parque São Jorge, o atacante teve participação nos títulos brasileiros de 2015 e 2017, além das conquistas do Paulistão de 2017 e 2018.
Romero retornou ao Timão no início do ano passado, após o término do contrato com o Cruz Azul, do México, e no final do Brasileirão, foi crucial na luta contra o rebaixamento, marcando gols importantes e decisivos. Os próximos jogos do Corinthians são contra o Criciúma (em casa) no dia 16/07 às 21h (de Brasília), diante do Bahia (fora de casa) em 21/07 às 16h (de Brasília) e contra o Grêmio (em casa) em 25/07 às 20h (de Brasília).
Fonte: @ ESPN
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