Gestora KPTL vende partes na VarejoOnline e Akmey, startups gaúchas e catarinense.
A empresa Totvs confirmou a aquisição da VarejoOnline, um negócio avaliado em R$ 49 milhões, que também incluiu um mecanismo de reembolso, na data do dia 6 de novembro, num segundo negócio de fusão e aquisição realizada pela empresa em 2024. Por trás desse negócio, estava a KPTL, uma gestora de capital de risco que investiu na VarejoOnline em 2019, com investimentos distribuídos em duas rodadas que somaram R$ 6 milhões.
Essa aquisição teve um custo significativo para a empresa, que precisou desembolsar uma quantia expressiva para completar o negócio. A KPTL, por sua vez, emitiu um comunicado oficial informando a venda da VarejoOnline, um negócio que também foi apoiado por investidores no mercado brasileiro. A companhia VarejoOnline é conhecida por oferecer soluções integradas para o mercado, permitindo às empresas atuarem de forma mais eficiente e eficaz nesse espaço. Com essa aquisição, a Totvs demonstra seu compromisso com o desenvolvimento de soluções de negócios para atender as necessidades do mercado, oferecendo soluções personalizadas para as empresas que atuam nesse setor.
Desventuras no Mercado Brasileiro: KPTL Anuncia Dois Desinvestimentos em 40 Dias
Em um mercado ainda em recuperação, tanto para investimentos como para fusões e aquisições, a gestora de investimentos KPTL anunciou dois desinvestimentos em um curto prazo de 40 dias. Em 15 de outubro, a Augen, uma startup gaúcha especializada em tratamento de água, foi vendida para a Biosolvit, uma empresa investida da GHT4, por R$ 48 milhões. Além disso, em 27 de setembro, a família fundadora da Akmey, uma empresa catarinense do setor têxtil, recomprou a fatia da KPTL no negócio.
O mercado brasileiro ainda enfrenta desafios, mas a KPTL abre caminho para outras duas negociações em estágios avançados. ‘Temos mais duas negociações em estágios avançados, que devem significar outras duas saídas’, diz Renato Ramalho, CEO da KPTL, em entrevista ao NeoFeed. Isso pode ser explicado pelo fato de a KPTL ser um fundo que atua tipicamente em negócios de early stage, área que tem sido menos afetada pelo desaquecimento do mercado.
O mercado brasileiro caracteriza-se por transações com valores mais baixos, o que pode ser explorado pela KPTL. ‘Como a gestora sai, em geral, mais cedo de um negócio, ela se aproveita de uma característica do mercado brasileiro, que não tem transações com valores muitos altos’, afirma Diego Bertolin, associado da KPTL e responsável por boa parte dessas negociações do lado da gestora. Isso é reforçado pela informação de que entre 70% e 80% do valor dos M&AS no Brasil ficam até R$ 70 milhões.
Ramalho não pode dar informações sobre a rentabilidade dos três negócios nos quais a KPTL acabou de sair, devido a contratos de confidencialidade assinados entre as partes. No entanto, assegurou que todos tiveram um bom retorno. Um exemplo é a Augen, cujo investimento de R$ 4 milhões foi feito em fevereiro do ano passado e foi vendida em 20 meses. ‘Se a proposta não fosse boa, não teríamos vendido’, afirma Ramalho.
A saída é um grande problema do mercado brasileiro, conforme aponta uma pesquisa feita pelo investidor Cassio Azevedo, publicada pelo NeoFeed. No período de 2019 a 2023, os fundos de venture capital investiram R$ 133 bilhões em startups no Brasil. Agora, precisam de uma liquidez brutal para dar retorno aos investidores, o que pode ser alcançado com R$ 400 bilhões em liquidez (IPOs & M&AS) nos próximos cinco anos.
Para Ramalho, o mercado está agora mais racional – com valuations ajustados pela média. ‘Está bom para investir, mas também para desinvestir’, diz o CEO da KPTL.’É claro que um pouco de dinamismo econômico ajudaria’, afirma.
Fonte: @ NEO FEED
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