Atentado ao candidato republicano à presidência dos EUA valoriza Bitcoin em mais de 10% após campanha eleitoral.
A valorização do real de mais de 5%, desde o último domingo (14), foi mais um dos sinais de que para que lado o mercado financeiro tende nas eleições presidenciais do Brasil, na disputa entre o atual presidente do partido progressista Luiz Silva e a ex-presidente conservadora Carla Santos.
Com a proximidade da eleição presidencial, a expectativa é de que o cenário político se torne ainda mais acirrado, com debates intensos sobre as propostas de cada candidato e o futuro do país. A população aguarda ansiosamente para saber quem será o próximo líder a governar o Brasil, em um momento crucial para o futuro da nação.
Eleições Presidenciais e Criptomoedas: Trump e Biden em Destaque
Com o atentado recente sofrido por Trump, a principal criptomoeda do mundo, o Bitcoin, saiu da letargia das últimas semanas e avançou mais de 5% em poucas horas. A leitura de analistas é que a tentativa de assassinato reforça a candidatura do Republicano, aumentando seu favoritismo na corrida eleitoral. Trump é reconhecidamente pró-cripto e, mesmo após o atentado, confirmou presença na Bitcoin Conference, que acontecerá entre os dias 25 a 27 deste mês, em Nashville, no Estado americano do Tennessee.
Além disso, nesta segunda-feira (15), Trump anunciou o senador J.D. Vance como vice na sua chapa. O congressista tem atuado diretamente na elaboração de uma legislação que favoreça a adoção das criptomoedas nos Estados Unidos. Enquanto isso, os democratas de Biden, segundo os agentes do mercado, têm emperrado o desenvolvimento do setor, refletido nos posicionamentos anti-cripto do presidente da Securities and Exchange Commission (SEC), Gary Gensler.
A própria candidatura do atual presidente dos EUA está em xeque, já que muitos dos envolvidos em sua campanha (e muitos outros fora dela) pleiteiam que Biden deixe a disputa, por questões de saúde. Os democratas indicariam então um outro candidato à presidência. Apesar de Trump ter sido um grande crítico das criptomoedas no passado, ele e seu partido mudaram bastante o discurso recentemente, observa Beto Fernandes, analista da Foxbit.
Se eleito, pode indicar que algumas decisões para o setor sejam mais flexíveis ou, pelo menos, aceleradas. Fernandes ressalta que o governo Biden tem o mérito de trazer mais praticidade ao setor, como os ETFs. Porém, o processo ainda é bastante moroso, e a SEC se mostra disposta a permanecer fazendo jogo duro. Valter Rebelo, chefe de ativos digitais da Empiricus Research, pontua que a avaliação dos mercados de risco em geral de Trump é positiva.
Segundo ele, o candidato republicano preconiza corte de impostos, incentivo tributário e também a adesão à ideia do Bitcoin como reserva de valor. Para Rebelo, a presença de Trump na Bitcoin Conference deve chamar muita atenção para o Bitcoin, já que o candidato está no centro das atenções do mundo. Rony Szuster, analista do MB, destaca a dicotomia Trump-Biden no mercado cripto.
O governo democrata, que está no poder com Biden e Gary Gensler à frente da SEC, sempre teve uma postura anti-cripto. No último ano, principalmente, houve diversos processos contra a indústria de criptomoedas de modo geral, não só de empresas que mereciam, mas também outras reguladas no próprio país. Com essa ‘caçada’, para Szuster, os Estados Unidos ficaram muito atrasados em cripto.
Os ETFs de Bitcoin estão completando seis meses lá, sendo que no Brasil têm mais de dois anos, inclusive de Ethereum, que sequer começaram a negociar nos EUA. Andrew Willian, analista de criptomoedas do Allintra, aplicativo para investidores, destaca a importância das eleições presidenciais dos EUA no cenário das criptomoedas.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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