Artigo de André Lino destaca a capacidade adaptativa de edifícios na mitigação rápida de emissões de gases de efeito estufa frente às alterações climáticas.
O Fórum Econômico Mundial lançou um alerta em sua última edição, realizada em Davos, na Suíça: cinco dos dez principais riscos da próxima década se referem a questões ambientais – fragilidade climática extrema, perda de biodiversidade, colapso do ecossistema, escassez de recursos naturais e poluição. É crucial repensar a forma como construímos nossos edifícios saudáveis para mitigar esses impactos negativos e promover um futuro mais sustentável. Investir em tecnologias verdes e práticas de construção sustentável é essencial para garantir a saúde do planeta e das gerações futuras.
Ao adotar medidas para promover edifícios saudáveis e sustentáveis, estamos contribuindo para a redução da pegada ambiental e para a criação de ambientes mais saudáveis e produtivos. Os edifícios verdes não apenas beneficiam o meio ambiente, mas também trazem economia de recursos a longo prazo. É fundamental que a indústria da construção se comprometa com a adoção de práticas mais sustentáveis e a construção de edifícios saudáveis que atendam às necessidades do presente sem comprometer o futuro.
Capacidade Adaptativa e Construção de Edifícios Saudáveis
A tecnologia desempenha um papel crucial na construção da capacidade adaptativa, impulsionando a inovação e desenvolvendo novas habilidades nos seres humanos. De acordo com um estudo apresentado recentemente, não há uma solução única baseada em tecnologia que possa lidar eficazmente com as alterações climáticas. A mitigação rápida e profunda das emissões de gases de efeito estufa é fundamental. No entanto, a tecnologia pode auxiliar os líderes na gestão dos crescentes riscos associados aos impactos e na criação de novas oportunidades.
As pesquisas mais populares no Google no ano de 2023 incluíram questões como ‘Por que está tão quente?’, ‘Calor excessivo’ e ‘Por que houve falta de energia hoje?’. Isso demonstra um deslocamento da discussão de eventos globais para questões do dia a dia que afetam diretamente as pessoas.
A preocupação com edifícios saudáveis e sustentáveis está em ascensão, influenciando a definição dos sistemas prediais. Além da segurança e eficiência energética, a demanda por sistemas que apoiem as organizações na consecução dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável, com metas de descarbonização, saúde e bem-estar, está aumentando.
Evitar a ‘síndrome do edifício doente’ e proteger as pessoas com alergias e doenças respiratórias são prioridades. Mas o que caracteriza um edifício saudável? Estudos científicos identificam nove aspectos essenciais, como iluminação, ventilação, qualidade do ar, água, conforto térmico, umidade, ruído, poeira, pragas, segurança e proteção.
A tecnologia desempenha um papel fundamental na criação de edifícios saudáveis, oferecendo soluções para controle de iluminação, temperatura, ventilação e segurança. Sistemas como o Building Management System (BMS), como o Desigo CC, melhoram o desempenho e a experiência do usuário.
Ao implementar esses sistemas, é crucial considerar três pontos principais: Interfaces Amigáveis, que proporcionam uma experiência do usuário aprimorada e controle acessível sobre as funcionalidades do prédio; Monitoramento em Tempo Real, que acompanha a temperatura, qualidade do ar e umidade do edifício; e Análise de Dados, que permite a gestão eficiente do empreendimento, monitorando indicadores como consumo de energia e metas de descarbonização.
Fonte: © Estadão Imóveis
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