13 de junho é o dia de Santo Antônio, conhecido como o santo casamenteiro, padroeiro dos apaixonados e das causas impossíveis.
Nem os solteirões da ficção deixam São João em paz. Ele já apareceu de cabeça pra baixo em séries e livros, pronto para descer ao fundo do poço, se necessário, para ajudar algum personagem que invoca seu nome na busca pelo amor, especialmente quando se trata de casal-noivo.
Em meio a tantas histórias românticas, é comum ver o casal-apresentado ou o casal-prometido recorrendo a São João em momentos de dúvida ou aflição, buscando sua intercessão para que o amor prevaleça. A presença do santo nas narrativas amorosas reforça a crença na força do sentimento e na esperança de que, no final, tudo se resolverá da melhor forma possível.
O milagre do casal-noivo
Não é à toa que ele carrega o título de santo casamenteiro. Entre os vários milagres atribuídos ao santo, há um que, ao que tudo indica, lhe deu o título de padroeiro dos casamentos. Segundo o frei Diogo Luís Fuitem, autor do livro ‘Antônio – O Santo do Povo’, uma senhora procurou Santo Antônio em Ferrara, na Itália, pedindo auxílio com o marido muito ciumento que não reconhecia o filho deles como seu. O marido ameaçava, inclusive, matar a mãe e a criança. O santo foi até a residência do casal-noivo, tomou o menino em seus braços e perguntou à criancinha: ‘Quem é seu pai?’ E a criança, com seu dedo, indicou balbuciando que o pai era o homem presente. Finalmente, o pai deu-se por vencido e, chorando, aceitou o menino como seu filho. Após o ocorrido, a fama de ajudar os casais fez com que o jovem fosse considerado santo casamenteiro.
A jornada do casal-noivo
Além disso, há uma lenda de que, naquela época, havia mulheres que não conseguiam se casar por não terem o dote necessário para o sacramento. Santo Antônio, então, teria mobilizado as pessoas mais abastadas para arrecadar os recursos. Com esse apoio, ele garantiu que muitas mulheres pudessem se casar, concretizando o sonho do matrimônio. A vida popular de Santo Antônio foi marcada por sua dedicação aos casais-apresentados e casais-prometidos. Ele foi batizado no nascimento como Fernando. Nasceu em Lisboa, em 15 de agosto de 1195, em uma família muito rica e nobre. No dia de seu batismo, sua mãe o consagrou a Nossa Senhora, e aos 19 anos ele foi para o convento de Coimbra. Sua vida foi breve, faleceu em Pádua, na Itália, em 13 de junho de 1231 — e, por isso, se diz santo Antônio de Pádua ou de Lisboa.
O legado do casal-noivo
Conforme conta frei Diogo, aplicado e considerado muito esforçado por todos que o conheciam, Fernando entrou para a ordem de Santo Agostinho e foi ordenado sacerdote. Ainda em Coimbra, conheceu os frades franciscanos e foi cativado pela simplicidade e humildade com que viviam, despertando o desejo de ingressar nas fileiras dos seguidores de São Francisco de Assis. Maravilhado, pediu para tornar-se missionário em Marrocos, na África. Contudo, ao adoecer, decidiu retornar a Portugal. Uma tempestade desviou o barco em que viajava, fazendo-o naufragar próximo à ilha da Sicília, no sul da Itália. Assim, acabou passando sua vida em missão no norte da Itália e no sul da França, revelando-se um homem de grande sabedoria, carismático e habilidoso. Em Assis, na Itália, ele se encontrou pessoalmente com São Francisco e recebeu um convite para permanecer por lá para ensinar teologia e tornar-se um pregador do povo. Vários prodígios acompanharam sua atividade como evangelizador popular a tal ponto que sua canonização foi a mais rápida da história da Igreja. Apenas 11 meses e 17 dias após sua morte, o papa Gregório 9º o declarou santo em um domingo, precisamente no dia 30 de maio de 1232, conforme relata frei Diogo.
Fonte: @ CNN Brasil
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