Cirurgia bariátrica: entenda mitos e verdades sobre doença crônica, mudança de hábitos, índice de massa corpórea e estilo de vida saudável após procedimento cirúrgico.
A obesidade é uma doença crônica e multifacetada que traz inúmeros prejuízos para a saúde e bem-estar de uma pessoa. Ela também é bastante prevalente, afetando cerca de 34% dos brasileiros atualmente. A busca por uma solução eficaz é fundamental. Nesse sentido, a mudança de hábitos é o primeiro passo recomendado para muitos casos, mas quando isso não surte efeito, a cirurgia bariátrica pode ser uma opção viável.
É importante ressaltar que a cirurgia bariátrica é um procedimento cirúrgico que deve ser considerado com cuidado e avaliado por um especialista. Ela pode ser uma opção para aqueles que não conseguiram alcançar resultados significativos com a mudança de hábitos e que apresentam um índice de massa corporal (IMC) elevado. A operação bariátrica, também conhecida como cirurgia de redução de peso, pode ser uma solução eficaz para melhorar a saúde e qualidade de vida de uma pessoa. É fundamental ter expectativas realistas e seguir as orientações do médico para garantir o sucesso do procedimento.
Desvendando Mitos sobre a Cirurgia Bariátrica
A cirurgia bariátrica é um procedimento cirúrgico que visa ajudar pessoas com obesidade a perder peso e melhorar sua saúde. No entanto, existem muitos mitos e conceitos errados sobre essa operação bariátrica. É importante entender que, mesmo após a cirurgia de redução de peso, é fundamental adotar uma mudança de hábitos e estilo de vida saudável para evitar a volta da obesidade.
Além disso, não todos os indivíduos se enquadram no perfil para realizar a cirurgia bariátrica. É necessário ter um índice de massa corpórea (IMC) acima de 40 kg/m² ou de 35 kg/m² com doenças crônicas agravadas pela obesidade. Para ajudar a esclarecer esses mitos, o Dr. José Afonso Sallet, Mestre em Cirurgia Digestiva pela UNICAMP e Médico-Diretor do Instituto de Medicina Sallet, separou a seguir 5 mitos sobre a cirurgia bariátrica:
A maioria das pessoas recupera o peso após a cirurgia bariátrica – Mito
Apesar de ser possível isso ocorrer, caso a pessoa não se cuide após a cirurgia, não é a maioria dos casos. ‘Os estudos de longo prazo mostram que muitos pacientes conseguem manter uma perda de peso significativa, especialmente aqueles que seguem rigorosamente as orientações médicas e adotam um estilo de vida saudável’, conta o Dr. Sallet.
Desmistificando a Cirurgia Bariátrica
Não é possível engravidar após a cirurgia – Mito
Segundo o especialista, a cirurgia bariátrica não impede a gravidez. ‘Muito pelo contrário. O ideal é fazer a cirurgia antes de pensar em uma gravidez, pois o peso pode ser um fator de risco para a gestante e para o bebê’, diz. O que é verdade, porém, é que é bom esperar dois anos após o procedimento para engravidar.
A cirurgia bariátrica deixa uma grande cicatriz – Mito
Esse é outro mito muito comum. ‘Com os avanços na tecnologia, a maioria das cirurgias bariátricas é realizada por laparoscopia, o que minimiza cicatrizes. Essas cirurgias são menos invasivas, resultam em menos dor e promovem uma recuperação mais rápida’, destaca o Dr. Sallet.
A cirurgia bariátrica é de alto risco – Mito
Os riscos de complicações graves decorrentes da cirurgia em si são baixos. ‘Aliás, estudos demonstraram que o risco é menor do que na cirurgia da vesícula biliar, por exemplo. O importante é buscar um bom profissional, com referências, e que tenha uma equipe multidisciplinar — nutricionista, psicólogo e psiquiatra — pois o sucesso do procedimento também depende de um conjunto de ações que vão além da cirurgia’, comenta o especialista.
Esclarecendo Dúvidas sobre a Cirurgia Bariátrica
Os planos de saúde não cobrem cirurgia para perda de peso – Mito
Mais um mito. ‘Embora a cobertura do plano de saúde possa variar, muitas seguradoras oferecem cobertura para a cirurgia bariátrica e até reembolso. O ideal é que o paciente verifique com sua seguradora e consulte uma clínica especializada para obter todas as informações necessárias’, esclarece o profissional.
Fonte: @ Terra
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