Ministros do G20 discutiram ações para desenvolvimento sustentável, fortalecendo sistemas de saúde resiliente com fundo de pandemias, finanças e sociais públicas para reduzir desigualdades sociais determinantes da saúde.
Em um contexto marcado pela persistência de desigualdades, os esforços para garantir a saúde global ganham contornos ainda mais cruciais. Em encontro conjuntante de finanças e saúde, no Rio de Janeiro, ministros da Saúde e da Fazenda reforçaram o compromisso do Brasil com a saúde global e a inclusão social, especificando as medidas para financiar a prevenção de pandemias.
Diante da persistência das desigualdades, a questão da desigualdade econômica assume papel de destaque. Nesse contexto, a desigualdade social se apresenta como um dos principais desafios para a erradicação da pobreza e redução da vulnerabilidade social, comprometendo ainda mais a capacidade dos países em abordar a desigualdade em todas as suas formas.
Foco na desigualdade social: um passo para uma sociedade mais justa
O evento, que contou com a presença de líderes internacionais, abordou a desigualdade econômica como um dos principais desafios globais, destacando a necessidade de enfrentar essa desigualdade e proteger as populações mais vulneráveis. A ministra Nísia enfatizou o compromisso de superar as desigualdades, entendendo que a equidade em saúde é uma prioridade do Grupo de Trabalho da Saúde e um princípio transversal em todas as discussões. Ela defendeu que a colaboração entre finanças e saúde pode tornar nossa sociedade mais resiliente e investir na saúde é um investimento que ajudará a proteger nossas sociedades e impulsionar nossas economias.
O ministro Haddad destacou que o Brasil apoia firmemente a cooperação internacional como resposta às vulnerabilidades globais, especialmente em regiões que enfrentam desafios sociais e econômicos significativos. Ele sublinhou que a desigualdade econômica e social agrava os impactos de crises econômicas, pandemias e eventos climáticos extremos, evidenciando a importância de um envolvimento global e coordenado para enfrentar problemas coletivos. O G20 é um espaço essencial para trabalharmos juntos pela saúde como um bem público global, completou Haddad.
A ministra Trindade defendeu a necessidade de desenvolver políticas inter e multissetoriais que abordem os determinantes sociais da saúde. Ela afirmou que precisamos do apoio de vários órgãos para avançar no bem-estar holístico de nossas populações, com foco naqueles mais vulneráveis. Além de ser uma questão de justiça social, vemos resultados positivos na economia e na sociedade em geral quando nosso povo é saudável, disse a ministra.
Além da necessidade de financiamentos contínuos para sistemas de saúde resilientes, o ministro da Fazenda pontuou a importância de tratar os determinantes sociais da saúde. Segundo Haddad, as condições em que as pessoas nascem, crescem, vivem e trabalham têm impacto direto na saúde pública e na economia dos países. Esse tema se tornou ainda mais relevante durante a pandemia, que revelou como insegurança alimentar, falta de saneamento e precariedade na moradia aprofundam desigualdades e problemas econômicos já existentes, reforçou.
Outro ponto de destaque na fala de Haddad foi a proposta de mecanismos de troca de dívida por saúde, uma alternativa que busca destinar recursos do pagamento de dívidas para investimentos no setor de saúde. Mais de 3 bilhões de pessoas vivem em países onde os gastos com serviços da dívida superam o investimento combinado em saúde, educação e infraestrutura. Precisamos de soluções que equilibrem o desenvolvimento e o compromisso financeiro, disse o ministro.
Durante o evento, o Brasil também reafirmou seu apoio a um sistema de saúde global coordenado pela Organização Mundial da Saúde (OMS) e liderado por esforços conjuntos para enfrentar as desigualdades e promover a saúde pública.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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