Relatório do Banco Mundial: Trabalho doméstico e violência contra o género afetam a pirâmide da desigualdade global, impactando desigualdades econômicas de mercados de trabalho, PIB, em desenvolvimento, paridade econômica, trabalho de cuidado, reprodução social, carga mental. (147 caracteres)
Mulheres negras e pardas são as mais vulneráveis por estarem na base da pirâmide das desigualdades de gênero, especialmente no Brasil. Foto: Freepik O estudo ‘Women, Business and Law 2024’, realizado pelo Banco Mundial e publicado em março, ressaltou que as desigualdades de gênero em nível global são ainda mais profundas do que se imaginava.
É crucial enfrentar as inequalidades de gênero presentes em nossa sociedade para promover um ambiente mais justo e igualitário para todas as pessoas. A conscientização e a ação são fundamentais para combater as barreiras que impedem a plena igualdade de oportunidades, especialmente para as mulheres negras e pardas que enfrentam múltiplas formas de discriminação. Juntos, podemos trabalhar para superar as desigualdades de gênero e construir um futuro mais inclusivo e equitativo para todos.
Desigualdades de Gênero: Um Cenário Global de Inequalidades
Em diversos lugares do mundo, as desigualdades de gênero persistem de forma alarmante, limitando as oportunidades econômicas das mulheres. Essa realidade, marcada por inequalidades de gênero, reflete-se na pirâmide da desigualdade, especialmente nos mercados de trabalho. Estudos apontam que a redução das desigualdades de gênero nesses cenários poderia impulsionar o PIB de economias em desenvolvimento em até 8%.
Imaginar um mundo onde as desigualdades de gênero fossem completamente eliminadas revela um potencial de crescimento econômico de até 23%. No entanto, alcançar essa paridade econômica de gênero enfrenta obstáculos significativos, sendo um deles o trabalho de cuidado desempenhado majoritariamente pelas mulheres.
Glaucia Fraccaro, renomada professora do Departamento de História da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), destaca como o capitalismo historicamente se beneficiou das desigualdades de gênero, explorando o trabalho não remunerado das mulheres em suas residências para sustentar a força de trabalho do mercado. Esse fenômeno, conhecido como reprodução social, evidencia a carga mental e emocional que recai sobre as mulheres.
A pesquisadora Isabela Duarte Kelly, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre), ressalta que a divisão desigual das tarefas domésticas impõe uma intensa carga mental às mulheres, impactando negativamente em suas trajetórias profissionais e financeiras. A dificuldade em conciliar o trabalho remunerado com as responsabilidades domésticas e de cuidado resulta em escolhas profissionais limitadas, prejudicando o acesso a cargos de maior hierarquia.
A falta de infraestrutura de suporte, como creches públicas acessíveis, agrava a situação, levando as mulheres a optarem por ocupações mais flexíveis, porém menos remuneradas. Essa dinâmica não apenas afeta individualmente as mulheres, mas também repercute na economia como um todo, ao restringir o potencial de crescimento e desenvolvimento. É fundamental reconhecer e enfrentar essas desigualdades de gênero para construir uma sociedade mais justa e equitativa para todos.
Fonte: @ Nos
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