Analistas mudaram recomendação do banco suíço UBS para neutra, mantendo preço-alvo em 13,1, múltiplo de 2 dos últimos trimestres.
O banco suíço UBS BB, com base em suas projeções de lucro e capital para o Itaú, prevê que a instituição poderá distribuir R$ 59,5 bilhões em dividendos nos próximos 18 meses. Mesmo assim, os especialistas reduziram sua sugestão de investimento para as ações (ITUB4) de ‘compra’ para ‘neutra’, mantendo o preço-alvo em R$ 42. A justificativa para essa alteração, de acordo com o UBS BB, está no valor já elevado dos papéis.
De acordo com o UBS BB, a mudança na recomendação está relacionada ao preço atual das ações do Itaú, o que influencia diretamente o pagamento de dividendos aos acionistas. A projeção de R$ 59,5 bilhões em dividendos nos próximos 18 meses reflete a expectativa de resultados positivos, apesar da recomendação neutra para o papel (ITUB4) e do preço-alvo mantido em R$ 42.
Analistas destacam potencial de dividendos do Itaú
Os analistas ressaltam que as ações do Itaú estão sendo negociadas atualmente a um múltiplo de 2 vezes o preço/valor contábil, um dos maiores níveis dos últimos anos. Eles preveem que as ações do banco terão um retorno de 21%, no período de junho de 2024 a dezembro de 2025, sendo que 16 pontos percentuais virão do pagamento de dividendos, enquanto apenas 5% serão provenientes da valorização do papel na bolsa. O relatório indica que o potencial de ganhos por meio dos dividendos na ITUB4 é considerado ‘limitado’.
Capital do Itaú e projeções do UBS
O Itaú estabeleceu uma meta interna de capital Nível 1 de 12%, e esse índice encerrou o segundo trimestre em 13,1%, apresentando um excesso de capital de R$ 13,9 bilhões. Os analistas do UBS BB mantiveram o preço-alvo das ações do Itaú e destacaram que a recomendação ‘neutra’ para o banco se deve à falta de surpresas positivas significativas nos lucros. O UBS BB explica que a expectativa de consenso já prevê uma expansão do lucro por ação de 10% em 2025, o que limita uma revisão significativa para cima no preço da ação.
Restrições e dinâmica tributária brasileira
Os analistas apontam que as opções para fusões e aquisições no Brasil são limitadas devido a possíveis restrições do Banco Central e à dinâmica tributária brasileira, que desincentiva a expansão internacional das instituições financeiras. O UBS BB destaca que a projeção de dividendos do Itaú é um dos fatores que influenciam a recomendação ‘neutra’ para as ações do banco, uma vez que não são esperadas surpresas positivas significativas nos lucros.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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