Estudo do Instituto Brasileiro sugere intervenções acessíveis para saúde e planeta, com mudanças moderadas em políticas públicas e alimentos benéficos.
Integrar novos hábitos alimentares, de maneira equilibrada e econômica, pode prevenir um grande número de óbitos e minimizar os efeitos no meio ambiente. Essa é a conclusão de uma pesquisa conduzida pelo Instituto de Medicina Social (IMS), da Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ).
Além disso, é fundamental estar atento à qualidade da comida que consumimos diariamente, pois uma dieta saudável é essencial para alimentar o corpo e a mente de forma adequada. Priorizar alimentos naturais e nutritivos é um passo importante para garantir uma boa saúde e bem-estar geral.
Impacto da Alimentação na Saúde e no Meio Ambiente
A pesquisa analisou dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre preço e consumo de alimentos no Brasil entre os anos de 2017 e 2019. A análise foi publicada em abril no European Journal of Nutrition. A partir dos dados, os pesquisadores elaboraram cenários hipotéticos alternando a frequência semanal e o tamanho da porção de alimentos. Para isso, foram escolhidos itens que fazem parte da alimentação brasileira e que seus impactos, positivos ou negativos, na saúde e no meio ambiente, que já são conhecidos pela ciência.
Os pesquisadores enfatizaram a importância da alimentação moderada e acessível, destacando a necessidade de intervenções no âmbito das políticas públicas para promover hábitos alimentares saudáveis. Alimentos benéficos desempenham um papel crucial na promoção da saúde e na preservação do meio ambiente, conforme apontado no estudo.
Recomendações para uma Alimentação Equilibrada
As intervenções propostas no estudo visam direcionar a atenção para grupos com padrões alimentares desequilibrados, como baixo consumo de frutas e legumes ou alto consumo de carnes vermelhas e processadas. O professor Eliseu Verly Jr., médico e nutricionista do Núcleo de Epidemiologia e Biologia da Nutrição (Nebin/IMS), ressaltou a importância de mudanças na dieta para reduzir os riscos à saúde e ao meio ambiente.
De acordo com o estudo Global Burden of Disease (GBD) de 2019, no Brasil, a falta de alimentos benéficos e o consumo excessivo de alimentos prejudiciais contribuem significativamente para o número de mortes no país. Além disso, as emissões de gases de efeito estufa relacionadas à agricultura e ao uso da terra representam uma parcela significativa do impacto ambiental.
Impactos da Alimentação na Saúde e no Meio Ambiente
Os pesquisadores destacaram a relação direta entre as escolhas alimentares e os desafios ambientais enfrentados atualmente. As mudanças climáticas e ambientais estão intrinsecamente ligadas à saúde da população, com doenças cardiovasculares sendo apenas um exemplo dos impactos negativos.
Diante desse cenário, as sugestões do estudo apontam para a necessidade de reduzir o consumo de carne vermelha e processada, ao mesmo tempo em que se aumenta a ingestão de frutas, legumes e verduras. Essas mudanças na dieta não apenas beneficiariam a saúde, mas também teriam um impacto positivo no meio ambiente, reduzindo as emissões de gases de efeito estufa e mitigando os efeitos adversos na natureza.
Em resumo, as escolhas alimentares desempenham um papel fundamental na promoção da saúde individual e coletiva, assim como na preservação do meio ambiente para as gerações futuras. É essencial adotar uma abordagem consciente e equilibrada em relação à alimentação, considerando os benefícios tanto para o bem-estar humano quanto para a sustentabilidade do planeta.
Fonte: © CNN Brasil
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