O objeto Gaia BH3, a 2.000 anos-luz da Terra na constelação de Águia, é um buraco negro estelar formado pela colisão de estrelas massivas mortas.
O telescópio espacial europeu Gaia, especializado em mapear a Via Láctea, revelou a presença de um buraco negro cuja massa equivale a 33 vezes a do Sol. Essa revelação inédita sobre um buraco negro na nossa galáxia surpreende os cientistas, abrindo novos horizontes para a compreensão do cosmos.
Esse objeto astrofísico de proporções gigantescas, também conhecido como singularidade escura, lança luz sobre os mistérios do universo e nos convida a explorar mais a fundo o abismo cósmico que ele representa. A presença desse buraco negro colossal desafia as concepções convencionais e inspira a busca por respostas no vasto e intrigante cenário do espaço. Aqui, no reino das estrelas e dos fenômenos que desafiam nossa compreensão, a descoberta desse buraco negro desperta nossa curiosidade e amplia os limites do conhecimento científico.
Descoberta de Gaia BH3: Um Buraco Negro Estelar no Abismo Cósmico
O objeto astrofísico Gaia BH3, localizado a 2.000 anos-luz de distância da Terra, na constelação de Águia, é um membro da família dos buracos negros estelares formados a partir do colapso de estrelas massivas mortas. Esses buracos negros são substancialmente menores do que os colossais buracos negros de massa situados nos núcleos galácticos, cuja origem ainda é um mistério intrigante.
A equipe de cientistas do telescópio espacial europeu Gaia, durante a análise dos dados mais recentes da sonda, fez uma descoberta surpreendente. Enquanto buscavam informações para o próximo catálogo a ser publicado em 2025, depararam-se com um sistema estelar binário peculiar. Uma estrela ligeiramente menor que o Sol, porém mais luminosa, orbitava em torno de um companheiro invisível, cuja presença se manifestava por meio de perturbações observadas no sistema.
Análises mais aprofundadas revelaram que o companheiro invisível da estrela era um buraco negro estelar com uma massa impressionante, 33 vezes maior que a do Sol. Essa descoberta desafiou os conhecimentos prévios sobre a presença de buracos negros estelares de grande porte em nossa galáxia, especificamente na faixa de 10 a 20 massas solares.
Gaia BH3 apresenta a peculiaridade de ser um buraco negro ‘adormecido’, distante o suficiente de sua estrela vizinha para não extrair matéria dela, resultando na ausência de emissão de raios X. Essa característica torna a detecção desse objeto astrofísico desafiadora, mesmo com instrumentos sofisticados como o telescópio Gaia.
Além disso, o estudo sugere que o progenitor deste buraco negro possuía características únicas, sendo uma estrela massiva pobre em elementos mais pesados que hidrogênio e hélio. Essa particularidade aponta para a teoria de que apenas estrelas pobres em metais podem originar buracos negros de massa significativa. A descoberta e análise de Gaia BH3 fornecem insights valiosos sobre o processo de formação desses objetos fascinantes no cosmos.
Uma curiosidade adicional sobre esse sistema estelar é a observação de que sua estrela principal, com 12 bilhões de anos, envelhece de forma gradual, enquanto a estrela que deu origem ao buraco negro teve uma vida efêmera de apenas 3 milhões de anos. Essa disparidade de idades e características sugere um contexto evolutivo complexo e intrigante para este sistema binário.
A sonda Gaia da Agência Espacial Europeia, em operação há uma década a 1,5 milhão de quilômetros da Terra, continua a desvendar os mistérios do universo, proporcionando aos cientistas uma visão tridimensional única da Via Láctea e seus fenômenos astrofísicos, incluindo os enigmáticos buracos negros estelares.
Fonte: © Notícias ao Minuto
Comentários sobre este artigo