Mulheres enfrentam desafios na política brasileira: quanto mais alto o cargo, menor a participação feminina. O teto de vidro persiste nas urnas e dentro dos partidos.
Quanto mais elevada a posição política, menor a probabilidade de uma mulher assumi-la. Essa é a verdade que se destaca no Brasil, uma nação em que o teto de vidro da participação política feminina se manifesta desde os bastidores dos partidos.
É fundamental que haja um esforço coletivo para ampliar a participação feminina na política, garantindo que as vozes das mulheres sejam ouvidas e representadas em todos os níveis de decisão. A participação feminina é essencial para a construção de uma sociedade mais justa e igualitária.
Desafios na Participação Feminina na Política Brasileira
A participação feminina na política brasileira enfrenta obstáculos desde as etapas iniciais, antes mesmo das urnas eletrônicas. Um grupo de pesquisa do Tribunal Superior Eleitoral dedicado a estudar as eleições revelou dados preocupantes em um evento realizado recentemente. Apesar de representarem 53% do eleitorado, as mulheres são minoria em cargos de liderança partidária e filiações políticas.
A Importância da Participação Feminina na Política
Os números levantados até 1º de julho de 2022 mostram a disparidade de gênero dentro dos partidos políticos. A falta de representatividade feminina em cargos de direção a nível estadual e nacional reflete a realidade imposta pelo chamado ‘teto de vidro’ na política brasileira. A ausência de mulheres em posições de liderança dificulta a mudança desse cenário.
Desafios na Esfera Partidária e Eleitoral
A análise dos dados revela que a participação feminina é crucial em todos os níveis da política. A falta de representatividade nos diretórios municipais dos partidos é um dos pontos de atenção. O estudo em andamento busca identificar formas de aumentar a presença das mulheres nas estruturas partidárias, visando uma maior equidade de gênero na tomada de decisões.
Reflexos nas Eleições e na Representatividade
A sub-representação feminina nas candidaturas e nas eleições de 2022 evidencia a necessidade de ampliar a participação das mulheres na política. Apesar do mínimo de 30% de candidaturas femininas exigido por lei, apenas 34% dos candidatos eram mulheres. O resultado das urnas, com apenas 18% de eleitas, ressalta a urgência de mudanças para garantir uma representação mais equilibrada.
Desafios na Composição dos Órgãos Partidários
A pesquisa destaca as discrepâncias na representação feminina nos órgãos partidários, especialmente nos temporários indicados pelas direções nacionais. A sub-representação das mulheres em espaços decisórios das legendas é mais acentuada nesses órgãos temporários, evidenciando a necessidade de promover uma participação mais igualitária em todos os processos políticos.
Fonte: © Conjur
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