Seis pessoas são avaliadas pela morte de Luiz Marcelo Ormond, como cigana, psiquiatra, psicóloga, Elise, laudos forenses e necroscópicos.
RIO DE JANEIRO, RJ (AGÊNCIA BRASIL) – Após a finalização pela Polícia Civil do Rio de Janeiro da investigação sobre o homicídio do empresário Luiz Marcelo Ormond, 49, encontrado sem vida em seu apartamento no Engenho Novo, na região norte do Rio de Janeiro, em 20 de maio, a defesa da namorada dele, Júlia Andrade Cathermol Pimenta, 29, acusada pelo homicídio, solicitou avaliação psicológica dela.
A defesa de Júlia Andrade Cathermol Pimenta, indiciada pelo homicídio, alega que a jovem não tinha motivos para cometer um assassinato e que sua saúde mental precisa ser avaliada com cuidado. A investigação do caso do homicídio de Luiz Marcelo Ormond continua em andamento, com a polícia buscando mais evidências para esclarecer o trágico acontecimento.
Avaliação psiquiátrica e forense de Júlia no caso de homicídio
No total, seis pessoas foram acusadas no caso. Além de Júlia, Suyany Breschak, 27 anos, que se apresenta como cigana e é apontada como mentora do assassinato, está detida sob suspeita de envolvimento no crime. As advogadas Flávia Fróes e Hortência Menezes, responsáveis pela defesa de Júlia, afirmaram no último sábado (13) que solicitaram que ela passasse por avaliação pelo psiquiatra forense Hewdy Lobo e pela psicóloga jurídica Elise Trindade para avaliar sua saúde mental, o que já foi autorizado pela juíza. A defesa declarou que só irá se pronunciar novamente após essas etapas.
Segundo a defesa, os laudos necroscópicos são inconclusivos. ‘Os três laudos de necropsia no inquérito não indicam morte violenta de Luiz Marcelo, sendo inúteis para concluir que ele foi vítima de homicídio. De fato, são inconclusivos sobre a causa da morte’, afirmou a defesa. O exame toxicológico revelou a presença de morfina e clonazepam no estômago da vítima, mas não a quantidade ingerida por Luiz Marcelo.
‘Muito se especula sobre envenenamento, mas em nenhum momento houve ingestão de veneno. O que ocorreu foi a detecção no estômago de Luiz Marcelo das duas substâncias’, destacou a advogada Flávia Fróes. ‘Não foi feita uma análise quantitativa das substâncias, seria leviano afirmar uma superdosagem. É importante ressaltar que ao testar positivo no estômago, era necessário testar o fígado. O laudo menciona que o fígado foi coletado para análise. A defesa solicitará essas diligências’, afirmou a defesa.
As advogadas também informaram que o prato levado por Luiz Marcelo no elevador não continha sobremesa, apenas petiscos consumidos com cerveja na área social do condomínio. ‘A namorada foi acusada de homicídio qualificado por meio insidioso [dissimulado]. Tecnicamente, a substância não era veneno, mas sim um medicamento [morfina], que em grandes doses é fatal. Há o agravante do motivo torpe e traição’, disse o delegado Marcos André Buss.
Júlia também enfrentará acusações por se apropriar dos bens do empresário, vender suas armas, além de estelionato, associação criminosa, fraude processual, falsidade ideológica e uso de documento falso. Suyany Breschak foi acusada dos mesmos crimes, exceto uso de documento falso. A defesa de Suyany não se pronunciou.
Luiz Marcelo Ormond namorava Júlia há cinco meses. Ele foi encontrado morto no sofá do apartamento em que vivia no Engenho Novo, em 20 de maio, e o corpo já estava em avançado estado de decomposição. A polícia acredita que Júlia tenha ficado pelo menos três dias com o cadáver de Ormond no apartamento, enquanto transferia bens e aguardava por um cartão de crédito da conta conjunta que tinham aberto. Nesse período, ela também tentou transferir o carro do empresário para seu nome. A investigação sugere que Júlia envenenou o empresário com comprimidos de morfina e outros remédios moídos e colocados dentro.
Fonte: © Notícias ao Minuto
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