Comitivas discutiram o impacto da pandemia de covid-19 no mundo, ampliando desigualdades persistentes e buscando medidas concretas para melhorar a qualidade de vida.
Qual a importância dos fatores sociais na promoção da saúde? Como garantir o acesso completo e justo aos serviços de saúde para os grupos mais desfavorecidos? Como valorizar os investimentos e aprimorar a qualidade de vida das pessoas? Esses foram alguns dos temas discutidos, nesta terça-feira (4), durante encontro do Comitê de Saúde da Cúpula do BRICS, em São Paulo.
Além disso, foi abordada a relevância do bem-estar e dos cuidados de saúde preventivos na promoção de uma sociedade mais saudável e resiliente. A medicina preventiva e a atenção primária à saúde foram destacadas como pilares fundamentais para alcançar um sistema de saúde eficaz e inclusivo. A busca por soluções inovadoras e sustentáveis no campo da saúde foi enfatizada como um caminho promissor para enfrentar os desafios atuais e futuros.
Saúde em destaque
Estamos trazendo à tona uma discussão crucial para o bem-estar da população, não apenas no Brasil, mas em todo o mundo. Estamos estabelecendo as bases para implementar ações concretas no final deste ano, com base no consenso alcançado – afirmou o coordenador do Grupo de Trabalho (GT) Saúde e chefe da Assessoria Internacional do Ministério brasileiro, embaixador Alexandre Ghisleni.
Representantes de diversos países, como Indonésia, Reino Unido, União Africana e Noruega, compartilharam suas experiências em relação aos determinantes sociais que influenciam a saúde. Esse debate também reforça a agenda prioritária do Ministério da Saúde do Brasil.
De acordo com dados do Ministério, no período de 2017 a 2021, as doenças influenciadas socialmente foram responsáveis pela morte de mais de 59 mil pessoas no Brasil. Como parte das medidas para lidar com essa situação, nove ministérios se uniram no Comitê Interministerial para a Eliminação da Tuberculose e Outras Doenças Influenciadas Socialmente (Cieds), criado em 2023.
O objetivo é desenvolver estratégias para combater as doenças que afetam de forma mais acentuada as populações mais vulneráveis socialmente. Sob a coordenação do Ministério da Saúde, o comitê funcionará até janeiro de 2030.
O plano de ação do Cieds envolve enfrentar 11 dessas enfermidades, como malária, esquistossomose, Doença de Chagas e hepatites virais, além da transmissão vertical da sífilis, hepatite B e HIV. Essa abordagem está alinhada com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU.
Outras questões em pauta
Durante as discussões, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) ressaltou a importância de investimentos em programas de nutrição como um aspecto crucial. Também destacou a educação em saúde como um elemento essencial. No encontro em Salvador, as delegações também compartilharam iniciativas relacionadas à segurança dos pacientes.
Nesse contexto, representantes árabes instaram o Brasil e os demais países do G20 a colaborarem nessa questão, levando em consideração as diferentes realidades de cada nação. As delegações também abordaram o impacto da pandemia de covid-19, que agravou desigualdades persistentes.
Para os membros do GT Saúde, o sucesso econômico e a garantia da qualidade de vida estão intrinsecamente ligados. O G20
A reunião do GT Saúde em Salvador acontece de 2 a 6 de junho, com a participação de membros de países observadores. São aproximadamente 250 delegados de 30 países, além de cerca de 30 organizações internacionais, reunindo os principais atores do cenário global da saúde. Este evento faz parte da preparação de propostas de saúde, bem como da construção de consensos, em preparação para a grande reunião ministerial no Rio de Janeiro, em outubro.
Nesse encontro, serão estabelecidos acordos sobre os temas discutidos ao longo do ano, para serem apresentados às organizações internacionais e endossados pelos ministros que compõem o GT Saúde. Um fórum de cooperação econômica que reúne as principais potências econômicas do mundo.
Fonte: @ Ministério da Saúde
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