Criadores de gado na vasta região agrícola sentem o impacto das fazendas de tecido social ao redor, onde churrascarias argentinas estão espalhadas.
Conhecidos pelos rodízios, extensas fazendas de gado, churrascos e pelo churrasco, os brasileiros estão reduzindo o consumo de carne devido a preocupações com a saúde e o meio ambiente. O consumo de carne bovina diminuiu em mais de 10% nos últimos meses, refletindo uma mudança de hábitos alimentares em busca de uma dieta mais equilibrada e sustentável.
No entanto, a carne, alimento de origem animal, ainda desempenha um papel importante na culinária brasileira, sendo um elemento tradicional em diversas festividades e refeições do dia a dia. Mesmo com a conscientização sobre os impactos da produção de carne no meio ambiente, muitos brasileiros ainda apreciam o sabor e a tradição de um bom churrasco, mantendo viva a cultura da carne em suas mesas.
Carne em uma sociedade argentina
As vastas terras da Argentina abrigam fazendas de gado onde o tecido social ao redor da carne é evidente. Muitas casas argentinas têm churrasqueiras, um símbolo de convívio e tradição, enquanto churrascarias estão espalhadas por Buenos Aires, convidando as pessoas a apreciar a carne em um ambiente acolhedor. Mesmo em situações inusitadas, como canteiros de obras ou protestos, a presença da carne é marcante.
A aposentada Claudia San Martín, de 66 anos, compartilhou sua perspectiva sobre a importância da carne na dieta argentina. Ela enfatizou que a carne é um alimento de origem animal fundamental, comparando-a à massa para os italianos. Em uma visita ao açougue, ela expressou sua dedicação à carne, destacando que, apesar de cortes em outras compras, como produtos de limpeza, a carne é sagrada para ela.
Embora a tradição da carne seja forte, dados recentes revelam uma mudança no consumo. Os argentinos estão comendo menos carne este ano, em comparação com anos anteriores. Essa diminuição está relacionada a uma variedade de fatores, incluindo a inflação, a economia estagnada e medidas de austeridade. A queda no consumo reflete as dificuldades econômicas enfrentadas pela população, com muitas famílias reduzindo o consumo de carne e outros alimentos básicos.
A situação atual é desafiadora, com a pobreza em ascensão e a pressão econômica afetando as escolhas dos consumidores. O presidente Javier Milei implementou medidas de austeridade que impactaram diretamente o poder de compra das pessoas. Como resultado, o consumo de carne diminuiu, levando as pessoas a procurar alternativas mais acessíveis, como carne de porco, frango e massas.
Na província de Buenos Aires, os criadores de gado enfrentam os efeitos do declínio no consumo local. A inflação e a crise econômica têm impactado negativamente o setor, levando os consumidores a buscar opções mais econômicas. Enquanto as exportações de carne aumentaram, os preços globais mais baixos reduziram os benefícios para os agricultores argentinos.
Em meio a essas mudanças, a busca por cortes mais baratos de carne é uma realidade. Consumidores como Gerardo Tomsin, que trabalha em um açougue em Buenos Aires, estão sempre em busca de ofertas mais acessíveis. Apesar das dificuldades econômicas, a tradição e o apreço pela carne permanecem enraizados na sociedade argentina, refletindo sua rica cultura alimentar.
Fonte: @ Agencia Brasil
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