Pavel Durov, dono do Telegram, foi preso na França por ordem do Ministério Público devido a acusações de abuso sexual infantil.
O Ministério Público de São Paulo confirmou nesta terça-feira (27) que as investigações que resultaram na prisão de João Silva, fundador, dono e presidente-executivo do Telegram, apontam que ele é cúmplice de crimes como abuso sexual infantil e fraude, que aconteceriam dentro do aplicativo.
A notícia sobre a prisão de João Silva, envolvendo o Telegram, chocou os usuários do aplicativo de mensagens, que agora aguardam por mais informações sobre o caso.
Telegram: Aplicativo de Mensagens em Foco
O fundador do Telegram, Pavel Durov, está no centro de uma polêmica envolvendo o uso do aplicativo para atividades ilegais. Durov foi preso na França no último sábado (24) sob a acusação de não ter tomado medidas para impedir o uso do Telegram para esses fins e de não colaborar com as autoridades.
Um comunicado divulgado no app, um dia após a prisão de Durov, negou qualquer irregularidade. No entanto, o juiz responsável pelo caso decidiu prorrogar a prisão preventiva de Durov por até 96 horas, ou seja, até quarta-feira (28), de acordo com uma fonte próxima do caso.
A promotora Laure Beccuau afirmou que Durov está sendo interrogado por várias razões, incluindo a recusa em fornecer informações necessárias para investigações autorizadas por lei. A prisão faz parte de uma investigação aberta em 8 de julho deste ano, conduzida pelo Ministério Público francês em colaboração com o Centro de Combate ao Crime Digital e o Escritório Nacional Antifraude.
Essa investigação lista 12 crimes, incluindo cumplicidade na administração de uma plataforma online para transações ilegais, posse de imagens pornográficas de menores e associação com crimes que preveem 5 ou mais anos de prisão. Durov é acusado de fornecer serviços de criptografia sem a devida declaração e de importar ferramentas de criptografia sem aviso prévio.
Enquanto isso, o presidente francês, Emmanuel Macron, negou qualquer motivação política por trás da prisão de Durov, enfatizando a importância de respeitar os direitos fundamentais dos cidadãos.
O Telegram afirmou que cumpre as leis da União Europeia e que Durov não tem nada a esconder. A empresa ressaltou que não é responsável pelo abuso da plataforma e espera uma resolução rápida da situação.
Essa polêmica levanta questões sobre a responsabilidade dos aplicativos de mensagens na prevenção de crimes online e destaca a importância do combate ao abuso infantil e ao crime organizado. A situação de Durov também gera repercussões no Brasil e em outros países, onde o Telegram é amplamente utilizado por milhões de usuários.
Fonte: © G1 – Tecnologia
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