Dificuldades em distinguir mitos e verdades sobre o câncer afetam mulheres de baixa renda e menor escolaridade, segundo levantamento da Sociedade Brasileira, apontando necessidade de prevenção e conhecimento sobre fatores de risco.
De acordo com uma pesquisa realizada pelo A.C. Camargo Cancer Center, em parceria com a Nexus, empresa de inteligência de dados, cerca de 40% das mulheres brasileiras não estão cientes dos fatores que podem influenciar na prevenção do câncer de mama. Essa falta de conhecimento pode ter consequências graves, pois a detecção precoce é fundamental para o tratamento eficaz da doença.
É importante ressaltar que a conscientização sobre a doença de mama é essencial para a prevenção e o tratamento do câncer de mama. Além disso, a pesquisa também destaca a importância de se atentar aos sinais de alerta, como a presença de um tumor de mama, que pode ser detectado por meio de exames regulares. A prevenção é a melhor arma contra o câncer de mama. Portanto, é fundamental que as mulheres brasileiras estejam informadas sobre os fatores de risco e os métodos de prevenção para evitar a neoplasia de mama.
Conhecimento sobre o Câncer de Mama: Desafios e Mitos
Os dados coletados em uma pesquisa recente revelam que, embora seis em cada dez mulheres entrevistadas afirmem ter conhecimento sobre como prevenir o câncer de mama, ainda há uma grande lacuna de informação sobre o tema. Além disso, o medo gerado pelo estigma de um diagnóstico de câncer de mama impede ações mais eficazes de prevenção. A pesquisa foi realizada com 1.036 mulheres de 16 a 60 anos, com diferentes níveis de escolaridade e renda, de todas as regiões do Brasil.
Além da falta de conhecimento sobre prevenção, a pesquisa destaca outros pontos importantes: 59% das mulheres já realizaram o autoexame de toque e 53% já passaram por uma mamografia. No entanto, entre as que nunca realizaram esses exames, 25% estão na faixa etária de maior risco, ou seja, acima dos 40 anos. A Sociedade Brasileira de Mastologia (SBM) recomenda o rastreamento anual do tumor de mama, especialmente por meio da mamografia, a partir dessa idade. Já o Ministério da Saúde orienta a realização do exame a partir dos 50 anos.
Incidência do Câncer de Mama no Brasil
O Instituto Nacional de Câncer (INCA) aponta que o câncer de mama é o mais incidente entre as mulheres brasileiras, excluídos os casos de câncer de pele não melanoma. Para cada ano do triênio 2023-2025, estima-se que o Brasil terá cerca de 73.610 novos casos de neoplasia de mama, com uma taxa ajustada de 41,89 casos por 100 mil mulheres. As regiões Sul e Sudeste apresentam as maiores taxas de incidência. Além disso, o câncer de mama também é a principal causa de morte por câncer entre mulheres no Brasil. Em 2021, a taxa de mortalidade ajustada foi de 11,71 óbitos por 100 mil mulheres.
Mitos e Verdades: Dificuldades em Diferenciar
A pesquisa revela as dificuldades das entrevistadas em discernir mitos e verdades sobre a prevenção e os fatores de risco do câncer de mama. No estudo, foram apresentadas quatro afirmações às participantes, e suas respostas mostraram que muitas mulheres convivem com informações equivocadas. Por exemplo, apenas 47% das entrevistadas sabiam que a amamentação reduz o risco de câncer de mama. Segundo o INCA, o ato de amamentar promove a renovação celular, o que pode ajudar a prevenir mutações que levariam ao câncer.
Além disso, menos da metade das entrevistadas (42%) soube dizer que a reposição hormonal pode aumentar o risco de desenvolver câncer de mama. É importante lembrar que a prevenção e o conhecimento sobre o câncer de mama são fundamentais para reduzir os riscos e melhorar os resultados de tratamento. A Sociedade Brasileira de Mastologia e o Ministério da Saúde oferecem orientações e recursos para ajudar as mulheres a entender melhor sobre a doença de mama e como preveni-la.
Fonte: @ Veja Abril
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