Presidente do Banco Central abordou pré-visão de inflação de 3% durante conferência anual do Santander, inferindo núcleos inflacionários implícitos.
Roberto Campos Neto, presidente do Banco Central, destacou que o IPCA-15, também conhecido como ‘prévia da inflação‘, apresentou uma melhora, porém não traz total conforto. O relatório foi publicado recentemente e indicou uma desaceleração em agosto, conforme as projeções.
Em suas declarações, Campos Neto, presidente do Banco Central, ressaltou a importância de manter um olhar atento sobre os índices econômicos. O cenário atual requer cautela e monitoramento constante para garantir a estabilidade financeira.
Campos Neto na Conferência Anual do Santander
Durante a conferência anual do Santander, realizada em São Paulo, o presidente do Banco Central, Campos Neto, reiterou seu compromisso em fazer ‘o que for preciso para atingir a meta’. Ele enfatizou que a pré-visão do IPCA-15 apresentou melhorias qualitativas, porém ainda não é suficiente para garantir estabilidade. Campos Neto destacou que as inflações implícitas estão em alta, o que gera preocupação para o BC, e ressaltou a importância de alcançar as metas estabelecidas.
Inflação e Metas do Banco Central
Segundo Campos Neto, nos últimos 12 meses, o IPCA-15 acumulou 4,35%, abaixo dos 4,45% registrados no período anterior. Ele reiterou que a meta de inflação é de 3%, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo, totalizando 4,5%. O presidente do BC ressaltou que, embora o IPCA-15 não seja idêntico ao IPCA oficial, sua variação sugere uma proximidade com o limite estabelecido.
Núcleos de Inflação e Desafios Globais
Campos Neto observou que os núcleos de inflação, que excluem itens voláteis como alimentos e energia, estão em queda ao redor do mundo. Ele destacou que, apesar dessa tendência, há incertezas sobre a comemoração global. O presidente do BC mencionou que a desinflação está convergindo, mas em um ritmo mais lento. Ele também ressaltou a influência global do mercado de trabalho e sua conexão com a inflação.
Desemprego e Política Monetária
Ao abordar a questão do desemprego, Campos Neto destacou que, globalmente, houve surpresas positivas em relação ao emprego. Ele enfatizou que o mercado de trabalho forte no Brasil foi um alerta para possíveis pressões inflacionárias. O Banco Central recentemente interrompeu os cortes na taxa Selic e considera uma possível elevação dos juros básicos. Campos Neto ressaltou a importância de analisar o desemprego observado em comparação com as projeções, destacando a resiliência do mercado de trabalho em meio à pandemia.
Fonte: @ Valor Invest Globo
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