S&P Global Ratings identificou 29 defaults corporativos no primeiro bimestre, impulsionados por eventos na Europa e baixos ratings.
Os calotes estão em alta neste ano devido aos altos níveis de juros e inflação em todo o mundo. De acordo com um estudo da agência S&P Global Ratings, os calotes atingiram seu pico no primeiro bimestre, o maior desde 2009. A situação econômica atual tem contribuído para esse aumento significativo de calotes.
Além dos calotes, as inadimplências também têm preocupado os analistas financeiros. A instabilidade econômica causada pelos altos índices de calotes tem impactado diretamente as inadimplências, gerando uma situação ainda mais delicada para o mercado. É essencial que as empresas estejam preparadas para lidar com os desafios decorrentes dessa conjuntura econômica desafiadora.
Calotes e Defaults Corporativos em Alta
Segundo o relatório recente, a quantidade de calotes corporativos atingiu um alto nível, totalizando 29 entre janeiro e fevereiro, com 14 eventos de crédito em janeiro e 15 em fevereiro. Os Estados Unidos lideram o ranking de casos, com 17 calotes, mas a Europa viu um crescimento significativo na quantidade de defaults na comparação com o mesmo período do ano passado – o número de eventos de crédito subiu de três para oito.
Europa Registra Níveis Alarmantes de Defaults em 2024
Com oito defaults no primeiro bimestre de 2024, a Europa já enfrenta uma situação preocupante. À medida que a crise financeira se prolonga, a região registrou pelo menos duas vezes mais calotes do que em qualquer ano desde 2008, conforme indicado no relatório da S&P Global Ratings divulgado pelo site Marketwatch.
Ritmo Lento e Baixos Ratings Contribuem para Aumento de Calotes
Conforme indica o levantamento, o fraco ritmo da economia europeia tem desempenhado um papel fundamental no aumento da quantidade de defaults. Esse cenário pode perdurar até o final do ano, considerando o alto nível de companhias com baixos ratings na região. No entanto, há expectativas de estabilização em torno de 3,5% até dezembro.
Aperto Monetário e Surto Inflacionário Desafiam Economias Globais
Tanto os Estados Unidos quanto a Europa enfrentam um momento de aperto monetário para lidar com o surto inflacionário que resultou dos estímulos econômicos concedidos durante e após a pandemia. Com a taxa de juros em níveis históricos, como os 4% ao ano na zona do euro, a meta de inflação de 2% tem sido um desafio.
Contração Econômica e Impacto nos Calotes
Ao tentar trazer a inflação para perto da meta, as economias têm enfrentado um cenário de contração. A zona do euro, por exemplo, quase entrou em recessão no quarto trimestre. Enquanto o Reino Unido já passa por uma recessão, com um recuo de 0,3% no PIB no último trimestre do ano passado.
Impacto Global dos Calotes: Companhias em Diversos Países Atingidas
Além dos casos nos Estados Unidos e na Europa, quatro empresas deram calote em suas dívidas desde o início do ano, incluindo a canadense Avison Young e a argentina CLISA. Ambas aplicaram default em suas obrigações em fevereiro, demonstrando os desafios econômicos enfrentados em diversas regiões do mundo.
Fonte: @ NEO FEED
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