Montadora chinesa fatura US$ 28,2 bilhões no terceiro trimestre, mas margem bruta é afetada pela guerra de preços. Veículos elétricos contribuem para receita.
Na disputa acirrada pelo domínio do mercado de automóveis elétricos nos próximos anos, a BYD conquistou um importante troféu simbólico, demonstrando seu crescente poder de competição em relação a gigantes da indústria, como a BYD, que tem se destacado pela inovação e qualidade em seus veículos.
A BYD tem sido uma das principais adversárias da Tesla e, especialmente, do seu fundador, Elon Musk, em uma disputa cada vez mais apertada para liderar o mercado de veículos elétricos. Nesse contexto, a vitória simbólica da BYD se destaca como um momento importante na evolução da competição.
BYD se destaca na arena de montadoras de automóveis
Pela primeira vez, a maior montadora chinesa, a BYD, registrou uma receita trimestral superior à da Tesla, apesar de enfrentar desafios de rentabilidade decorrentes da guerra de preços em seu mercado natal. Esta guerra de preços prejudica não apenas a BYD, mas também outras montadoras que operam na região.
A receita da BYD, com Warren Buffett como acionista, somou 201 bilhões de yuans (US$ 28,2 bilhões) no terceiro trimestre. Este resultado superou o faturamento da Tesla no mesmo período, de US$ 25,2 bilhões. O aumento de 24% na receita da BYD em relação ao mesmo período do ano passado foi acompanhado por uma piora da margem bruta, que recuou de 22,1% para 21,9%. De todo modo, o lucro líquido da BYD no terceiro trimestre foi de 11,6 bilhões de yuans (US$ 1,6 bilhão).
A guerra de preços que afeta a China prejudica não apenas a BYD, mas também outras montadoras. A Volkswagen alertou que o lucro operacional de suas joint ventures chinesas pode atingir a parte mais baixa das faixas de previsões para 2024, mais perto de € 1,6 bilhão do que € 2 bilhões. A BYD consegue lidar com essa situação devido à sua estrutura de produção verticalizada, que inclui desde a criação das baterias até o desenvolvimento de chips para os veículos. Dessa forma, sua margem bruta de 21,9% é ainda melhor que os 17% da Tesla e dos 14,2% da rival chinesa Zeekr.
A BYD também fez uma escolha estratégica ao desenvolver veículos com autonomia de quase 2 mil quilômetros, mostrando sua capacidade de lidar com a situação do mercado com carros híbridos. Além disso, a montadora está expandindo seu mercado internacional, tendo adquirido o complexo industrial que pertencia à Ford em Camaçari, na Bahia, em outubro do ano passado, com investimentos previstos de R$ 3 bilhões. No entanto, essa expansão enfrenta desafios em alguns dos maiores mercados, e a montadora está sendo pressionada por políticas comerciais, como as tarifas de 100% sobre carros elétricos impostas pelos Estados Unidos, e as tarifas de 17% sobre a importação de veículos da BYD pela União Europeia, que considera que o governo chinês oferece subsídios excessivos às montadoras.
Fonte: @ NEO FEED
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