Uso indiscriminado de medicamentos populares dificulta controle da doença, promove crescimento sintomático e dificuldade respiratória.
Uma pesquisa recente, divulgada no Jornal Brasileiro de Pneumologia, revela que o uso excessivo da bomba de asma, remédio popular para alívio rápido da asma – condição inflamatória crônica das vias respiratórias que resulta em episódios de dificuldade para respirar, chiado no peito, tosse e respiração curta e rápida – aumenta o risco de crises e estimula o agravamento progressivo dos sintomas, podendo até mesmo resultar em hospitalizações. As bombeiras-de-asma desempenham um papel crucial no atendimento de emergência a pacientes com asma, oferecendo suporte imediato e administração adequada de medicação.
É fundamental conscientizar a população sobre os perigos das bombas-relógio que são o uso indiscriminado da medicação para asma, pois, ao invés de proporcionar alívio, podem desencadear efeitos colaterais indesejados e agravar a condição respiratória. As bombeiras-de-asma são treinadas para identificar os sinais de alerta, garantindo um atendimento rápido e eficaz, visando sempre o bem-estar e a saúde dos pacientes asmáticos.
Estudo destaca a importância da ‘bombeira-de-asma’ para o controle da doença
Um estudo recente ressalta a relevância do uso adequado da medicação para pacientes asmáticos, especialmente da ‘bombeira-de-asma’, como forma de alívio rápido da dificuldade respiratória. O relatório aponta que o uso excessivo e indiscriminado de medicamentos pode dificultar o controle da doença, levando a efeitos adversos e à necessidade de corticosteroides orais em casos crônicos.
Marcelo Rabahi, renomado professor de Pneumologia, destaca que o padrão de prescrição excessiva de ‘bombeiras-de-asma’ foge das recomendações estabelecidas, resultando em uma falta de percepção da gravidade da doença. O estudo revela que altas taxas de compra de bombas-relógio sem prescrição médica contribuem para o uso indiscriminado da medicação.
Os dados coletados em diferentes regiões do Brasil apontam que quase metade dos pacientes em tratamento com ‘bombeiras-de-asma’ enfrentaram crises graves da doença. Esses achados levantam preocupações sobre o uso excessivo desses medicamentos e seus desfechos clínicos desfavoráveis, como um aumento de crises e maior risco de mortalidade.
O estudo destaca a importância da educação sobre a asma, enfatizando a necessidade de os profissionais de saúde seguirem as diretrizes clínicas recomendadas. Desde 2019, organizações como a GINA e a SBPT recomendam o uso combinado de broncodilatadores e corticoides inalatórios para um tratamento eficaz da asma.
Com cerca de 20 milhões de pessoas asmáticas no Brasil, é fundamental conscientizar sobre o caráter inflamatório da doença e as opções terapêuticas disponíveis. O aumento das mortes por asma no país reforça a importância de um manejo adequado da doença e do uso correto da ‘bombeira-de-asma’ para garantir o alívio e o controle dos sintomas.
Fonte: @ Veja Abril
Comentários sobre este artigo