Quatro explosões solares causaram auroras em latitudes mais baixas, gerando shows de luzes devido à propagação geográfica das tempestades geomagnéticas.
Nas últimas semanas, o planeta Terra foi atingido por quatro intensas explosões solares – conhecidas cientificamente como ejeções de massa coronal (CMEs), desencadeando tempestades geomagnéticas que resultaram em belíssimas auroras em latitudes mais baixas do que o habitual.
Esses fenômenos luminosos, também chamados de luzes do norte e do sul, são espetáculos naturais incríveis que encantam observadores em todo o mundo. As auroras são verdadeiras obras de arte da natureza, pintando o céu noturno com cores vibrantes e dançantes.
Auroras: Fenômenos Luminosos do Norte e do Sul
E é possível que isso continue. As CMEs são disparos de plasma e campos magnéticos que são lançados para o espaço quando as manchas solares entram em erupção. Quando as partículas carregadas de uma CME interagem com a magnetosfera da Terra, elas podem desencadear tempestades geomagnéticas, que causam os shows de luzes nas extremidades norte e sul do planeta. Dependendo da força com que esse material atinge a atmosfera terrestre, a propagação geográfica das auroras pode se expandir, fazendo com que várias localidades do mundo não tão próximas dos polos tenham a chance de contemplar esses espetáculos.
Linhas de Fogo e Tempestades Geomagnéticas
Espetacular aurora fotografada em 12 de agosto de 2024, em Grandview, Alberta, Canadá. Crédito: Olivier du Tre via Spaceweather. Vamos entender: O Sol tem um ciclo de 11 anos de atividade; Ele está atualmente no que os astrônomos chamam de Ciclo Solar 25; Esse número se refere aos ciclos que foram acompanhados de perto pelos cientistas; No auge dos ciclos solares, o astro tem uma série de manchas em sua superfície, que representam concentrações de energia; À medida que as linhas magnéticas se emaranham nas manchas solares, elas podem ‘estalar’ e gerar rajadas de vento; De acordo com a NASA, essas rajadas são explosões massivas do Sol que disparam partículas carregadas de radiação para fora da estrela em ejeções de massa coronal; As erupções são classificadas em um sistema de letras pela NOAA – A, B, C, M e X – com base na intensidade dos raios-X que elas liberam, com cada nível tendo 10 vezes a intensidade do anterior; A classe X, no caso, denota os clarões de forte intensidade, enquanto o número fornece mais informações sobre sua força; Um X2 é duas vezes mais intenso que um X1, um X3 é três vezes mais intenso, e, assim, sucessivamente.
Propagação Geográfica e Shows de Luzes
Leia mais: Jato de plasma ‘canibal’ atinge a Terra e produz auroras incríveis. Muito além da beleza: cientista brasileiro descobre os ‘riscos’ das auroras. Show de auroras é observado nos céus da Austrália. De acordo com o Centro de Previsão do Clima Espacial (SWPC) da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica (NOAA), duas CMEs associadas a uma erupção solar de classe M começaram sua jornada rumo à Terra na quarta-feira (7). No dia seguinte, uma erupção solar de classe X arremessou um terceiro jato em direção ao planeta. Tempestade geomagnética continua forte e pode formar mais auroras. Na sequência, uma ‘CME fraca’ associada a outra explosão de classe M foi detectada na manhã de sábado (10), elevando o número total de explosões de plasma em nossa direção para quatro. Em decorrência disso, foram previstas tempestades geomagnéticas de classe G2 para o fim de semana. Os eventos nessa categoria são classificados como moderados em uma escala que vai de G1 a G5. Aurora fotografada em Shallowater, Texas, EUA em 12 de agosto de 2024. Crédito: Bruce Haynie. No entanto, segundo a plataforma de meteorologia e climatologia espacial Spaceweather.com, o grau da tempestade que se desenvolveu até a.
Fonte: @Olhar Digital
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