Advogado afirma não saber que videoconferência era com juíza, que abriu processo para apurar situação junto à OAB.
Em uma audiência virtual realizada no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP), um advogado surpreendeu a todos ao comparecer sem camisa. A sessão estava sendo presidida pela juíza, que estava lidando com um caso de furto de veículo investigado em uma cidade do litoral paulista. As imagens mostram o advogado em um ambiente aberto, sem qualquer preocupação com a formalidade do momento.
A juíza não hesitou em repreender o advogado, afirmando: ‘É o fim. Está gravado que o senhor veio despachar com uma juíza de Direito sem camisa. Isso é inadmissível’. A magistrada enfatizou a importância da formalidade e do respeito ao judiciário, lembrando que a autoridade judiciária deve ser tratada com dignidade. A falta de respeito pode ter consequências graves. O incidente serviu como um lembrete importante sobre a necessidade de manter a formalidade em ambientes judiciários, mesmo em audiências virtuais.
Uma Questão de Autoridade
A resposta do advogado foi direta: ‘Me perdoe’. O incidente em questão envolveu uma juíza que determinou a expedição de um ofício à Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) após um advogado ser impedido de participar de uma videoconferência sem beca. O vídeo do incidente foi compartilhado, e a juíza considerou necessário levar o caso à OAB para que as medidas cabíveis sejam tomadas.
A juíza, uma autoridade judiciária respeitada, tomou essa decisão após o advogado ter sido flagrado sem beca durante a videoconferência. O advogado, por sua vez, alegou que estava afastado do escritório com um atestado médico devido a um problema renal e que havia recebido a chamada por WhatsApp, imaginando que falaria apenas com o escrevente. Ele afirmou que ingressou apenas para dizer que não poderia participar da reunião.
O advogado também questionou o fato de o convite formal para a reunião, que incluía o seu nome e o da juíza, ter chegado ao seu e-mail apenas após o fim da videoconferência. Ele considerou isso um erro, pois o convite deveria ter sido enviado antes da reunião.
Um Processo Público, mas uma Videoconferência Privada
O advogado ainda repudiou o vazamento do vídeo, afirmando que a videoconferência era privada, apesar de o processo ser público. Ele pretende entrar com uma ação junto à Corregedoria do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ/SP) para apurar o vazamento das imagens. A juíza, como uma magistrada experiente, deve ter considerado a gravidade do incidente ao determinar a expedição do ofício à OAB.
A questão em questão envolve não apenas a autoridade da juíza, mas também a ética profissional do advogado. O incidente pode ser visto como um problema de comunicação e respeito às regras do processo. A juíza, como uma autoridade judiciária, tem o dever de manter a ordem e o respeito no espaço do tribunal, mesmo que seja um espaço aberto à videoconferência.
Fonte: © Migalhas
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