Demanda pelo papel triplica a oferta, impulsionando procura por debêntures incentivadas no setor de energia elétrica, responsável por 40% das emissões em 2024, com foco em geração distribuída e mercados financeiros.
A Athon Energia, empresa que opera cerca de 50 usinas fotovoltaicas de Geração Distribuída (GD) em 10 estados, alcançou um sucesso notável com a emissão de debêntures incentivadas simples, não convertíveis em ações. A operação, concluída recentemente, resultou na captação de R$ 605 milhões, um valor expressivo que reflete a confiança dos investidores no potencial da empresa.
A operação de emissão de debêntures da Athon Energia foi um verdadeiro sucesso, com uma demanda três vezes superior à oferta. Isso demonstra a atratividade dos títulos emitidos pela empresa, que se destacam no mercado por sua solidez e potencial de retorno. Além disso, a emissão de papéis como esses é um exemplo de como as empresas podem captar recursos para financiar projetos de emissões sustentáveis e inovadoras, como as usinas fotovoltaicas de Geração Distribuída (GD) operadas pela Athon Energia. A empresa está no caminho certo para o sucesso.
Debêntures: Athon bate recorde com emissão de R$ 605 milhões
A Athon, empresa especializada em geração distribuída de energia, realizou a maior emissão de debêntures incentivadas para geração distribuída de energia já feita, segundo Breno Megale, sócio-diretor da empresa. ‘Já existem debêntures incentivadas há muito tempo, mas para a geração distribuída é um papel regulamentado recentemente, e a grande procura superou as expectativas’, afirma Megale.
A emissão de debêntures da Athon reforçou a grande procura por esse tipo de papel. De acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima), as emissões de debêntures incentivadas pela Lei 12.431 somaram R$ 88,2 bilhões de janeiro a agosto deste ano, recorde para esse período na série histórica iniciada em 2012.
Debêntures: Análise por setor e procura pelo papel
Na análise por setor, a energia elétrica segue na liderança em 2024, respondendo por 39,2% das emissões, seguido de transporte e logística (23,5%), saneamento (11,9%) e petróleo e gás (8,5%). A procura pelo papel atraiu pessoas físicas, cuja alocação surpreendeu a empresa, gestoras, private bankings e veículos institucionais, como fundos.
A Athon pretendia pagar, no máximo, a variação da NTNB-35 mais 2,15% ao ano, mas com a grande procura pelos papéis, a última taxa caiu para 0,80%. Os papéis têm vencimento de 17 anos. Com um portfólio de 162 MWp (megawatt-pico) de capacidade instalada, a Athon constrói e arrenda usinas solares voltadas ao segmento de geração distribuída primordialmente para grandes clientes corporativos dos setores de telecom, saneamento e geradores de energia, com contratos variando entre 12 a 20 anos.
Debêntures: Uso dos recursos e crescimento da empresa
A Athon pretende usar os R$ 605 milhões captados para refinanciar, com ampliação de prazo e redução de custos, parte das usinas operacionais atuais, além de permitir investimentos em novos projetos, que inclui M&A e expansão orgânica. Criada em 2017, a empresa deu um grande salto em 2021, quando lançou o fundo Athon Energia ESG I FIP IE para levantar capital visando uma consolidação no segmento de geração distribuída, por meio de projetos greenfield e aquisições de usinas solares, em construção ou operacionais.
O fundo, listado na B3 e com mais de R$ 415 milhões sob gestão, é o detentor dessas usinas. De acordo com o executivo, a Athon pretende seguir crescendo de forma orgânica nos próximos cinco anos, mirando dobrar a capacidade instalada, para 300 MWp. ‘Não somos ligados a nenhum grupo financeiro nem a companhias de geração de energia, temos uma estratégia conservadora, sem alavancagem exagerada, e isso tem assegurado bons resultados’, diz Megale.
Fonte: @ NEO FEED
Comentários sobre este artigo