Fóssil de Psittacosaurus juvenil, com 66 cm, datado de 130 milhões de anos atrás, encontrado na China, com áreas zonadas e tecidos moles fossilizados.
Uma nova descoberta de fóssil do dinossauro Psittacosaurus, do período Cretáceo, um herbívoro do tamanho de um cachorro com um bico semelhante ao de um papagaio, foi recentemente revelada em uma universidade chinesa. Este fóssil, que veio com uma surpresa, mostrou grandes áreas de pele preservada, até sua estrutura celular, fornecendo novas informações sobre a evolução da pele em dinossauros.
Os dinossauros são fascinantes animais que habitaram a Terra há milhões de anos. Este fóssil do Psittacosaurus, com sua pele preservada, destaca a importância dos estudos paleontológicos para entender melhor a vida desses antigos répteis.
Descoberta de Fóssil Revela Detalhes Sobre a Pele de Dinossauros
Um fóssil recentemente descoberto revelou detalhes fascinantes sobre a estrutura celular da pele de dinossauros, especialmente dos dinossauros emplumados. Os pesquisadores identificaram um ‘desenvolvimento zonado’ na pele desses animais, com áreas distintas de pele escamosa, semelhante a répteis, e pele macia, semelhante a pássaros, em regiões com penas.
Zixiao Yang, pesquisador pós-doutorado em paleontologia na University College Cork, liderou o estudo que resultou nessa descoberta impressionante. Inicialmente, a equipe não tinha muita esperança de encontrar tecidos moles no fóssil, mas sua persistência valeu a pena.
Durante o processo de fossilização, os tecidos moles dos dinossauros podem ser substituídos por minerais, que se misturam com os sedimentos ao longo do tempo. Yang descreveu a emoção de encontrar grandes áreas de pele escamosa brilhando sob a luz UV, revelando detalhes surpreendentes da pele fossilizada.
Fósseis de tecidos moles são raros, e fósseis de pele com essa qualidade são ainda mais escassos. O fóssil, datado de aproximadamente 130 milhões de anos atrás, pertence a um Psittacosaurus juvenil, um dinossauro emplumado com cerca de 66 cm de comprimento e aproximadamente 3 anos de idade quando morreu.
O Psittacosaurus, um membro inicial da linhagem de dinossauros com chifres, não possuía chifres, mas seu nome significa ‘lagarto papagaio’ devido ao seu bico proeminente adaptado para comer plantas. Este dinossauro tinha penas simples no topo da cauda, enquanto o resto do corpo era coberto por pele escamosa.
A descoberta desse fóssil adiciona nuances à compreensão da evolução das penas. Acredita-se que as primeiras penas tenham evoluído de escamas reptilianas em animais ancestrais dos dinossauros e dos répteis voadores há quase 250 milhões de anos.
Maria McNamara, professora de paleontologia da University College Cork e coautora do estudo, enfatizou a importância da pele resistente, semelhante a répteis, em regiões do corpo não protegidas por penas. Essa descoberta oferece insights valiosos sobre a evolução e a diversidade dos dinossauros emplumados.
Fonte: © CNN Brasil
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