Proposta: Reduzir transmissão vertical do vírus Linfotrópico de Células; mãe, testes programa, insumos qualificar, paciente serviço acompanhado.
O uso de testes para detecção do vírus Linfotrópico de Células T Humanas (HTLV) foi expandido pelo Ministério da Saúde na rede pública de saúde. Agora, além de outras aplicações, a tecnologia será empregada em gestantes durante o pré-natal. A recomendação para a inclusão do teste para HTLV em gestantes partiu da Conitec, visando aprimorar a assistência durante a gravidez.
É fundamental que os serviços de saúde estejam preparados para oferecer testes para Vírus HTLV de forma ampla e eficaz. Detectar precocemente a presença do vírus em gestantes pode possibilitar a adoção de medidas preventivas e de acompanhamento adequado. A inclusão dos testes para HTLV nas rotinas de pré-natal representa um avanço significativo na promoção da saúde materno-infantil.
Ampliação da Oferta de Testes para HTLV no SUS
A proposta visa combatendo a transmissão vertical do Vírus HTLV, que ocorre de mãe para filho durante a amamentação. A comissão responsável pelo assunto concluiu que o procedimento de detecção por meio de exame sanguíneo é eficaz e seguro. Além disso, a implementação nos serviços de saúde públicos utilizará recursos já existentes, uma vez que os testes para Vírus HTLV são comuns em triagens pré-natais.
O Ministério da Saúde informou que as áreas técnicas terão até 180 dias para garantir a disponibilidade dos testes para HTLV na rede pública. A notificação compulsória de infecções por HTLV em gestantes, parturientes e crianças expostas ao risco de transmissão vertical tornou-se obrigatória no Brasil desde fevereiro. Isso implica que profissionais de saúde devem comunicar os casos ao ministério, permitindo uma melhor estimativa do número de pessoas afetadas e dos insumos necessários para o tratamento, além de aprimorar a rede de atenção a essa população.
O Vírus Linfotrópico de Células T, parente do HIV, foi identificado nos anos 1980. Ele afeta principalmente as células do sistema imunológico, prejudicando sua função protetora. Doenças como leucemia, linfoma de células T do adulto e mielopatia associada ao HTLV-1 estão associadas à infecção. Outras manifestações, embora menos graves, como dermatite infecciosa e síndrome de Sjögren, também podem estar ligadas ao vírus. O tratamento é personalizado conforme a doença relacionada ao HTLV, com acompanhamento e, se necessário, encaminhamento a serviços especializados para diagnóstico e tratamento precoce.
Estima-se que mais de 800 mil brasileiros estejam infectados pelo HTLV, e a transmissão pode ocorrer por relações sexuais sem proteção e pelo compartilhamento de agulhas. A transmissão vertical, de mãe para filho, ocorre principalmente durante a amamentação e, mais raramente, durante a gravidez ou o parto. O Ministério da Saúde tem como meta eliminar essa transmissão até 2030, seguindo diretrizes da OMS e de organizações internacionais de saúde.
Ao expandir a oferta de testes para HTLV no SUS, o objetivo é prevenir a propagação do vírus e proporcionar tratamento adequado a pacientes com a infecção. O acompanhamento desses pacientes é essencial para garantir o diagnóstico precoce e o manejo adequado das complicações relacionadas ao HTLV, promovendo assim uma melhor qualidade de vida para quem vive com o vírus.
Fonte: @ Veja Abril
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