Alerta epidemiológico recomenda reforço da vigilância diante da possível ocorrência de casos similares em outros países com circulação do oropouche e outros arbovírus.
NO RIO DE JANEIRO, RJ (AGÊNCIA BRASIL) – A Opas (Organização Pan-Americana da Saúde) divulgou um comunicado nesta sexta-feira (19) alertando os países membros sobre a detecção de potenciais situações de transmissão do vírus oropouche de mãe para filho durante a gravidez.
A Organização Pan-Americana da Saúde está monitorando de perto a propagação do vírus oropouche e fornecendo orientações aos profissionais de saúde para lidar com essa situação delicada. É essencial que medidas preventivas sejam tomadas para evitar a disseminação do vírus e proteger a população vulnerável. A Opas reforça a importância da colaboração entre os países membros para enfrentar essa questão de saúde pública. alertando os países membros
Alerta Epidemiológico sobre Casos de Oropouche Reportados no Brasil
A Organização Pan-Americana da Saúde emitiu um alerta epidemiológico informando sobre os casos de Oropouche reportados no Brasil e a necessidade de reforçar a vigilância diante da possível ocorrência de casos semelhantes em outros países. A circulação do Oropouche e outros arbovírus tem levado à investigação de casos em andamento.
Entre janeiro e meados de julho de 2024, aproximadamente 7.700 casos confirmados de Oropouche foram notificados em cinco países das Américas, com o Brasil registrando o maior número (6.976), seguido pela Bolívia, Peru, Cuba e Colômbia. A Opas destaca a importância da identificação de casos suspeitos e da necessidade de manter a vigilância diante desse cenário.
A Organização Pan-Americana da Saúde relata a ocorrência de transmissão do vírus da gestante para o bebê, com casos recentes sendo investigados. Um exemplo é o caso de uma gestante residente em Pernambuco, onde foi confirmada a infecção por Oropouche durante a gestação, resultando na morte do feto. Outro caso suspeito foi notificado no mesmo estado, também em uma gestante, que resultou em um aborto espontâneo.
O Ministério da Saúde brasileiro está investigando casos de bebês com microcefalia que apresentaram anticorpos do vírus, indicando possível transmissão vertical. A Opas destaca a importância de continuar investigando as possíveis consequências para o feto e a transmissão vertical do vírus.
A Opas reforça a importância da vigilância e informa que as informações estão sendo compartilhadas com os estados membros para mantê-los alertas diante da possível ocorrência de eventos semelhantes. Diretrizes foram publicadas para auxiliar os países na detecção e vigilância do vírus Oropouche em casos de infecção materno-infantil, malformações congênitas ou morte fetal.
Os sintomas da doença incluem febre, cefaleia, rigidez articular, dores, fotofobia, náuseas e vômitos persistentes. Embora a apresentação clínica grave seja rara, pode evoluir para meningite asséptica. A recuperação completa pode levar semanas.
O vírus Oropouche é transmitido principalmente pela picada de insetos como o maruim e espécies do mosquito Culex. Surgiu pela primeira vez em Trinidad e Tobago em 1955, com surtos esporádicos documentados em vários países das Américas, incluindo Brasil, Equador, Guiana Francesa, Panamá e Peru.
Orientações da Opas para Grávidas em Casos de Febre Oropouche
A Organização Pan-Americana da Saúde recomenda às gestantes evitar áreas com muitos insetos, como maruins e mosquitos. Utilizar telas em portas e janelas, roupas que cubram o corpo e aplicar repelente nas áreas expostas são medidas preventivas importantes para reduzir o risco de infecção pelo vírus Oropouche.
Fonte: © Notícias ao Minuto
Comentários sobre este artigo