Levantamento em nove estados mostra que a Bahia tem a maior taxa de mortes provocadas por policiais: entre pessoas negras e jovens, dados mostram letalidade policial aumenta.
O contexto atual no Brasil apresenta números alarmantes em relação à violência, com dados de 2023 revelando que jovens de 18 a 29 anos estão entre as principais vítimas em várias unidades da federação, como o Amazonas, Bahia, Ceará, Maranhão, Pará, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro e São Paulo. Essa situação mostra a necessidade de ações eficazes contra a violência.
No que diz respeito à segurança pública, a atuação da polícia e dos agentes de segurança é fundamental. No entanto, é importante comprovar que essa atuação esteja alinhada com o objetivo de garantir a segurança de todos os cidadãos. A polícia estadual e outros órgãos de segurança têm um papel crucial nesse contexto, trabalhando para reduzir os índices de violência e garantir a proteção aos cidadãos. Infelizmente, ainda há muitas pessoas que sofrem com a violência, como no caso do Rio de Janeiro, onde uma pessoa negra é assassinada a cada 13 horas, sendo um exemplo aflitivo para a sociedade.
Violência Policial: Consequências Mortais
Pelo menos oito pessoas, pertencentes a comunidades negras, pobres e jovens, são tragadas pela violência policial a cada dia nos nove estados monitorados pela Rede de Observatórios da Segurança. Os dados alarmantes são de 2023 do Boletim Pele Alvo: Mortes que Revelam um Padrão. Dentre os 3.169 casos contabilizados, 87,8% dos mortos eram pessoas negras e pobres, com idades entre 18 e 29 anos, refletindo um padrão preocupante.
A violência policial não se restringe às vítimas mais jovens, com 12 a 17 anos, mas também afeta pessoas mais velhas, sobrecarregando os sistemas de saúde e segurança. De acordo com os dados, 243 mortes foram registradas, destacando a necessidade de uma resposta urgente.
Polícia e Violência: Um Padrão
A Bahia mantém a polícia mais letal, com 1.702 assassinatos provocados por agentes de segurança estaduais, destacando a necessidade de mudanças radicais. No Ceará, o número de negros vitimados foi oito vezes maior do que o de brancos, evidenciando um padrão de discriminação. Em São Paulo, os dados mostram um crescimento alarmante de 21,7%, com maioria das vítimas sendo negras. Gráficos mostram a proporção da população negra e as vítimas desse perfil racial nos estados, reforçando o padrão da letalidade policial.
Morte e Discriminação
O Maranhão fornece pela primeira vez dados de raça e cor das vítimas da letalidade provocada pela polícia. Os negros representam a maioria dos casos, e jovens de 12 a 29 anos totalizam 54,9% das vítimas, reafirmando a cor do alvo principal da violência policial. O Pará reduziu o número de mortos por agentes de segurança, mas, ao mesmo tempo, aumentou em 16% o número de vítimas negras, reforçando a cor do alvo principal da violência policial. Pernambuco registra aumento de 28,6% no número de mortes provocadas pela polícia e atinge seu maior índice, desde 2019, evidenciando uma situação crítica. Série histórica dos estados mostra que apenas na Bahia o número de mortes aumentou constantemente, destacando o problema persistente.
Consequências Letais
Pela primeira vez, o Rio de Janeiro apresentou menos de mil mortes, mas ainda registra a morte de uma pessoa negra a cada 13 horas, reforçando a violência policial. Em São Paulo, o número de mortes provocadas pela polícia avançou 21,7%, sendo negras 66,3% das vítimas, destacando o problema persistente. A pesquisa completa pode ser acessada em seu site.
Fonte: @ Terra
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