O custo da medicação, que pode chegar a 41 mil reais por ano, é um desafio financeiro para os pais, especialmente em uma crise demográfica, onde o bem precioso é a saúde, com perspectivas futuras de tratamentos hormonais influenciados pelo status socioeconômico.
A Coreia do Sul está mergulhada em uma profunda crise demográfica, que se torna ainda mais alarmante quando consideramos que o país detém o título de menor taxa de natalidade do mundo. Essa situação desesperadora levou alguns pais a desenvolver uma obsessão por encontrar soluções para garantir o futuro de seus filhos.
Essa obsessão por garantir o sucesso dos filhos pode levar a uma fixação em determinados objetivos, como a entrada em universidades de elite ou a obtenção de empregos bem remunerados. No entanto, essa mania por alcançar o sucesso pode ter consequências negativas, como a pressão excessiva sobre os filhos e a perda de qualidade de vida. Além disso, a paixão por alcançar o sucesso pode se tornar um vício, levando os pais a sacrificar sua própria felicidade em nome do sucesso dos filhos. A busca pelo sucesso pode se tornar um ciclo vicioso. É importante encontrar um equilíbrio entre a ambição e a qualidade de vida.
Uma Sociedade Onde a Altura é um Bem Precioso
Na Coreia do Sul, existe uma cultura onde as crianças são vistas como um bem precioso que deve ser cuidado e protegido. As perspectivas futuras para essas crianças são tão exigentes que os adultos não hesitam em matriculá-las em escolas logo cedo, para que elas possam ser mais competitivas, ou mesmo medicá-las, caso elas não atendam aos padrões de altura ideais. Essa obsessão pela altura dos pequenos levanta preocupações sobre o que alguns consideram uma fixação doentia pela aparência.
A crença profundamente enraizada na sociedade sul-coreana de que as pessoas mais altas têm mais chances de sucesso na vida é um problema que vem se tornando cada vez maior. Tudo começa com uma ideia básica: a altura é sinônimo de sucesso. Essa ideia está levando os pais a recorrerem a tratamentos hormonais, suplementos e outras ferramentas na esperança de criar filhos mais altos. Uma mania pela altura que levanta preocupações sobre o que alguns consideram uma paixão excessiva pela aparência.
A Crença Sul-Coreana e suas Raízes
A ideia na Coreia do Sul de que as pessoas mais altas têm maior probabilidade de sucesso provém de uma combinação de fatores sociais e culturais. Um deles é a percepção de que a altura está associada a uma boa saúde e nutrição, o que, em um país que se desenvolveu rapidamente, pode refletir o status socioeconômico. Além disso, no competitivo ambiente de trabalho sul-coreano, as características físicas, como a altura, são consideradas um ativo em determinados setores profissionais, reforçando a ideia de que ser mais alto pode facilitar o sucesso na vida e nos negócios.
Um exemplo dessa situação é o caso de Kim Shin-young, 43 anos, residente no sul de Seul, que compartilhou sua experiência com as injeções não reembolsáveis de hormônio do crescimento de seu filho de 11 anos. Apesar do alto custo financeiro, de cerca de 7 milhões de won anuais (pouco mais de 28 mil reais), Kim administra injeções em seu filho todas as noites, seis dias por semana. A altura inicial do menino, cerca de 10 centímetros abaixo da média para a sua idade no início de 2021, melhorou para cerca de seis centímetros abaixo no final de 2023.
O Custo do Tratamento e suas Implicações
O custo do medicamento, que pode custar 10 milhões de won anuais (cerca de 41 mil reais), representa um desafio financeiro substancial para os pais, que pode durar seis ou sete anos. De acordo com Kim, ela foi desencorajada de buscar reembolso devido ao temor de que o rótulo de ‘paciente de’ em seu filho pudesse afetar suas futuras oportunidades de emprego ou assinaturas de seguro saúde. Na Coreia, o reembolso do tratamento com hormônio de crescimento é limitado a casos de déficit de crescimento, síndrome de Turner, doença renal crônica pediátrica, síndrome de Prader-Willi e baixa estatura devido à síndrome de Noonan.
Essa obsessão pela altura dos pequenos levanta preocupações sobre o que alguns consideram uma vício pela aparência. A crise demográfica na Coreia do Sul, com uma população em declínio, pode estar contribuindo para essa fixação pela altura. No entanto, é importante lembrar que a altura não é o único fator que determina o sucesso na vida. É hora de reavaliar as perspectivas futuras e priorizar a saúde e o bem-estar das crianças, em vez de se concentrar em uma característica física específica.
Fonte: @ Minha Vida
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