Paralisação por salários expõe sucateamento de agências reguladoras, ameaça setor produtivo e normas técnicas.
Uma greve por melhores salários de servidores federais de 11 agências reguladoras conseguiu em um mês duas proezas. Uma delas foi mobilizar boa parte do setor produtivo, alarmado com a possibilidade de uma greve da categoria. A outra foi expor o grau de sucateamento das agências, essenciais para fazer o País andar.
A mobilização por melhores salários dos servidores federais das agências reguladoras despertou a atenção de diversos setores. A possibilidade de uma paralisação iminente gerou preocupação e levou a uma mobilização ainda maior. A exposição do sucateamento das agências foi um ponto crucial nesse protesto por melhores condições de trabalho.
Greve nas Agências Reguladoras: Mobilização por Melhores Condições de Trabalho
As agências reguladoras desempenham um papel fundamental na criação de leis, formalização de contratos públicos e estabelecimento de normas técnicas para garantir o funcionamento adequado dos setores produtivos. Além disso, supervisionam concessões e fiscalizam o cumprimento das regras, aplicando multas quando necessário. Em resumo, essas instituições têm um impacto significativo no setor produtivo do país, representando cerca de 60% do PIB.
Essas 11 agências, que abrangem áreas como aviação civil, saneamento básico, transportes, energia elétrica, saúde, mineração, portos, telecomunicações, combustíveis, saúde suplementar e cinema, são essenciais para garantir o bom funcionamento desses setores e proteger os interesses dos cidadãos.
No início do mês passado, o Sindicato Nacional dos Servidores das Agências Nacionais de Regulação (Sinagências) iniciou uma mobilização em prol da valorização e reestruturação das carreiras dos mais de 11 mil servidores dessas instituições. A categoria rejeitou a proposta de reajuste salarial do governo e tem como pauta unificada a busca por melhores salários e condições de trabalho.
Além do aspecto salarial, os servidores das agências reguladoras exigem medidas do governo para melhorar suas condições de trabalho e garantir a eficiência e eficácia de suas atividades. O sucateamento das instituições é evidente, com mais de 65% dos cargos do quadro de pessoal atualmente desocupados.
O presidente da Sinagências, Fabio Rosa, destaca a urgência de reestruturar o quadro de pessoal das agências, que foi concebido há 25 anos e não acompanhou o crescimento da demanda de trabalho. Com a perda de milhares de servidores nos últimos anos, as instituições enfrentam dificuldades para cumprir suas atribuições de forma adequada.
Diante da falta de avanço nas negociações, os servidores iniciaram uma operação-padrão, que impacta diretamente o funcionamento das agências e pode resultar em prejuízos para diversos setores da economia. A possibilidade de uma greve das 11 agências reguladoras preocupa autoridades e empresários, que dependem do trabalho dessas instituições para manter suas operações em funcionamento.
Fonte: @ NEO FEED
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