Relação turbulenta com Mano. Críticas sobre comprometimento, ausência como visitante e fama de reclamão. Clima ruim, problemas técnicos afetavam cotidiano.
O ídolo do Fluminense, Marcelo, deixou o clube após uma segunda passagem de apenas 24 horas, marcada por um desentendimento público com o técnico Mano Menezes no Maracanã.
Menos de 24 horas após o desentendimento público, a diretoria do Fluminense anunciou a rescisão do contrato de Marcelo em comum acordo. O período de Marcelo no CT Carlos Castilho, onde ele treinava com os demais jogadores, foi marcado por desentendimentos e, eventualmente, à rescisão. O lateral vestia a camisa número 12 do clube, um número que, para muitos, era sinônimo de ídolo. Apesar do seu desempenho no campo, o desentendimento com Mano Menezes levou à rescisão do contrato de Marcelo com o Fluminense em comum acordo. A saída de Marcelo do clube ficou marcada pelo desafio de ser substituído na lateral, algo que eventualmente aconteceu.
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Neste sábado, uma reunião entre as partes provocou discussões em torno da possível rescisão de Marcelo. Embora não tenha sido uma decisão imediata, fontes ouvidas pela reportagem apontaram, ao longo do dia, que a tendência era pelo fim do vínculo com o jogador. O clima ruim, originado da confusão com Mano, teria deixado o Fluminense sem alternativas para além do rompimento do contrato. O ge confirmou que o lateral reclamou de toques de Mano em seu braço, com alegações de que o técnico queria ‘fazer média com a torcida’. Foi a gota d’água, e o anúncio veio no início da tarde.
Rescisão de Marcelo dá respaldo a Mano no trato com medalhões no Fluminense
Líderes do time abordaram membros da diretoria dizendo que apoiavam a decisão. O nível de comprometimento de Marcelo em meio ao momento delicado do Fluminense, na luta contra o Z-4 do Brasileiro, voltou a ser citado. Houve manifestações públicas de apoio ao jogador, mas nos bastidores o cenário era outro, com críticas ao camisa 12. O respeito à carreira de Marcelo não desapareceu. Pelo contrário: ainda há um reconhecimento muito forte em relação ao tamanho da idolatria do jogador no Fluminense e tudo que ele representa no futebol mundial. Mas a postura do lateral no dia a dia era motivo de queixas.
O momento delicado do Fluminense
O Fluminense, por sua vez, acredita ter tomado uma decisão que agradou. O técnico está seguro de que o grupo ‘não aguentava mais’ os pequenos problemas. Anteriormente, Marcelo foi visto como um jogador que interagia pouco e não era tão integrado no CT Carlos Castilho. A reportagem também ouviu queixas de que o lateral era um ‘reclamão’, que quase nunca se dava por satisfeito. Outro ponto de incômodo era a ausência de Marcelo em algumas partidas do Fluminense como visitante.
Críticas e elogios
Em julho, o ge publicou um levantamento sobre a diferença percentual de participação do lateral em jogos, a depender se eram no Rio de Janeiro ou não. O problema é que, neste caso, existia uma guerra de narrativas. Marcelo afirmava sentir dores, e funcionários do Fluminense tinham dificuldade em questionar o camisa 12 sem colocar sua palavra em xeque ou criar maiores problemas. Afinal, eram questões médicas.
O impacto na Seleção
Mesmo sem ter desafetos explícitos ou problemas diretos com companheiros e funcionários, Marcelo não era dos mais benquistos no cotidiano do CT Carlos Castilho. Depois do empate por 2 a 2 com o Grêmio, Marcelo perdeu o início do bate-papo no vestiário por ter sido sorteado para realizar exame antidoping. Ele se despede do Fluminense com 68 jogos nesta segunda passagem pelo time.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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