Seguradora controla empresa fundada por Josh Wander e Steven Pasko, tem pressa para se desfazer de clubes de futebol, como o Vasco, após colocar ativos à venda, incluindo avião e iate.
A situação da 777 Partners, empresa que foi afastada judicialmente do controle da SAF do Vasco em maio deste ano, continua a gerar preocupação. A companhia norte-americana, que enfrenta processos na Justiça, agora é controlada pela A-CAP e está à beira da falência, o que pode ter consequências graves para o futuro do clube.
A A-CAP assume o controle da 777 Partners em um momento crítico, quando a empresa enfrenta uma série de desafios financeiros e legais. A seguradora que apoiou a 777 Partners em sua investida no Vasco agora está questionando a viabilidade da operação, o que pode levar a uma reavaliação da estratégia da empresa. A falta de transparência e a incerteza sobre o futuro da 777 Partners são preocupantes. A empresa precisa encontrar uma solução rápida para evitar a falência e garantir a estabilidade do clube.
A Crise da A-CAP: Venda de Clubes de Futebol e Ativos
A A-CAP, uma seguradora que controla vários clubes de futebol, está enfrentando dificuldades financeiras e decidiu colocar todos os clubes do grupo à venda. No entanto, a empresa está encontrando dificuldades para encontrar possíveis investidores. Além disso, a A-CAP também está vendendo ativos luxuosos, como um iate chamado 777, anteriormente propriedade de Steven Pasko, um dos sócios-fundadores, por US$ 1,8 milhão (R$ 9,8 milhões).
A empresa também está vendendo um jato particular usado pelos executivos para viajar pelo mundo, avaliado em US$ 20 milhões (R$ 109 milhões). A A-CAP tem dialogado com o Vasco em busca de um novo investidor para o clube carioca e solicitou um estudo de viabilidade para a venda de todas as equipes de futebol do grupo.
Problemas na Venda dos Clubes
A A-CAP está enfrentando dificuldades para vender os clubes, entre eles o Vasco. O maior empecilho é o processo movido pelo fundo inglês Leadenhall, que recentemente entrou na Justiça dos EUA com uma liminar contra a dissipação de ativos da 777. A depender da decisão judicial, a A-CAP pode ser impedida de negociar os clubes da empresa de Wander e Pasko.
O único clube da 777 com negociação avançada é o Red Star FC, da França, que pode ser vendido para Steve Pagliuca, dono da Atalanta e de parte do Boston Celtics, da NBA. Além de Vasco, Genoa e Red Star, a 777 comprou Standard Liège (Bélgica), Hertha Berlim (Alemanha), Melbourne Victory (Austrália) e Sevilla (é sócia minoritária do clube espanhol).
Problemas Financeiros da 777
A 777 tomou um empréstimo de US$ 40 milhões (R$ 218 milhões) para manter em operação as equipes de futebol. O dinheiro foi concedido por uma empresa do dono do Chelsea, Todd Boehly, a uma taxa de juros de 46%. Boehly, no entanto, não tem interesse na compra dos clubes da 777.
A A-CAP tem pressa para se desfazer das equipes de futebol. Segundo a Josimar, a seguradora aceitou receber imediatamente 66 milhões de libras (R$ 473 milhões) pelos empréstimos feitos ao Everton, que superaram 200 milhões de libras (R$ 1,4 bilhão). Para ficar com a quantia de imediato, a A-CAP topou que o valor restante fosse convertido em ações preferenciais na venda do clube inglês aos americanos do grupo Friedkin.
Fonte: © GE – Globo Esportes
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