Arthur Brooks, pesquisador de Harvard, sugere evitar perseguir a felicidade de frente, citando a lei de Goodhart, e focar em gestão de pessoas e bem-estar emocional.
A busca pela felicidade é um objetivo comum para muitas pessoas, mas é importante lembrar que a forma como medimos a felicidade pode afetar a sua própria existência. A lei de Goodhart, nomeada em homenagem ao economista britânico Charles Goodhart, nos ensina que quando uma medida se torna uma meta, ela deixa de ser uma boa medida. Isso significa que, ao tentar medir a felicidade, podemos acabar perdendo de vista o que realmente importa.
Quando nos concentramos em alcançar uma meta específica, como a felicidade, podemos perder a alegria do caminho. A satisfação e o bem-estar podem ser alcançados de maneiras diferentes, e não apenas através de uma medida única. A felicidade é um estado de espírito que pode ser alcançado de muitas maneiras, e não apenas através de uma fórmula ou uma métrica. Ao entender a lei de Goodhart, podemos aprender a valorizar a jornada em direção à felicidade, em vez de apenas se concentrar no destino. A busca pela felicidade é um processo contínuo, e não um objetivo fixo.
A Busca Pela Felicidade: Um Paradoxo
Um estudo recente publicado no periódico Emotion revelou que, ao transformar a felicidade em uma meta e começar a medir conscientemente o progresso, as pessoas podem se tornar menos felizes. Para investigar essa relação, uma equipe de pesquisadores da Universidade da Califórnia, Berkeley, da Universidade de Nova York e de Toronto reuniu 1.800 participantes e pediu que respondessem perguntas sobre suas crenças em relação à felicidade e mantivessem diários detalhados de seus humores.
A pesquisa mostrou que, quanto mais os participantes verificavam seus próprios níveis de felicidade, menos felizes eles relatavam ser. Os pesquisadores sugeriram que estar excessivamente focado na felicidade pode levar as pessoas a acreditar que devem sentir emoções positivas o tempo todo, criando uma lacuna maior entre as expectativas e a realidade, o que diminui a felicidade. Além disso, verificar continuamente as emoções pode chamar a atenção para cada imperfeição passageira e emoção negativa, ampliando esses sentimentos ruins.
A Lei de Goodhart e a Procura da Felicidade
A lei de Goodhart, que afirma que ‘quando um indicador se torna um objetivo, ele deixa de ser um bom indicador’, pode ser aplicada à procura da felicidade. Ao transformar a felicidade em uma meta, as pessoas podem começar a se concentrar mais em alcançar essa meta do que em vivenciar a alegria e a satisfação. Isso pode levar a uma gestão de pessoas que se concentra mais em alcançar a felicidade do que em promover o bem-estar emocional.
Um pesquisador de felicidade de Harvard, Arthur Brooks, sugere que a busca pela felicidade seja feita de forma transversal, com outros objetivos como comunidade, significado e serviço. ‘A felicidade é o subproduto de uma vida bem vivida, não seu objetivo final’, argumenta. Iris Mauss, professora de psicologia de Berkeley, aconselha aceitar todas as emoções, sejam positivas ou negativas, como um passo importante para alcançar a felicidade. Além disso, Mauss aconselha não fazer coisas boas apenas como um meio para atingir um fim, mas sim por seu próprio valor intrínseco.
A Importância do Bem-Estar Emocional
A busca pela felicidade pode ser um objetivo importante, mas é fundamental lembrar que a felicidade é um subproduto de uma vida bem vivida. Ao se concentrar em promover o bem-estar emocional, as pessoas podem alcançar a alegria e a satisfação de forma mais autêntica. Além disso, é importante evitar comparar-se com os outros e se concentrar em vivenciar a vida de forma plena e significativa. Ao fazer isso, as pessoas podem alcançar a felicidade de forma mais natural e duradoura.
Fonte: @ PEGN
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